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Estudantes do Enem contam como estão se preparando para as provas

A estudante Liliane Moraes, 20 anos, precisou dar uma pausa nos estudos por motivo de saúde e, este ano, ela voltou para um cursinho para tentar o vestibular para o curso de Direito. Faltando pouco tempo para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (E

A estudante Liliane Moraes, 20 anos, precisou dar uma pausa nos estudos por motivo de saúde e, este ano, ela voltou para um cursinho para tentar o vestibular para o curso de Direito. Faltando pouco tempo para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para os dias 4 e 11 de novembro, ela se concentra em resolver exercícios, principalmente de matemática, disciplina que tem mais dificuldade. E ela está certa: buscar provas anteriores e treinar o raciocínio com questões que já caíram no exame é a principal recomendação de professores, nesta reta final.

Ela conta que está confiante. “É importante estudar em casa também, tenho feito muito isso. O que os professores repassam eu treino em casa. É tenso, a gente fica ansioso. Em 2014 estava muito confiante que ia passar e não consegui e, desde então, tinha parado os estudos. Mas agora estou tendo mais tempo para me dedicar e tendo apoio da minha família e dos professores”, diz.

O também vestibulando Leonardo Chucre, 17, vai tentar vestibular para Medicina, um dos mais concorridos. É a segunda vez também que vai fazer o Enem. Ele aposta na mesma estratégia de Liliane. “Tenho estudado resolvendo exercícios continuamente, por meio de algumas provas baseadas no modelo do Enem, fazendo o mapeamento do assunto que tenho visto mais nas questões. Assim consigo medir meu desempenho e ver minhas dificuldades”.

Alunos do professor Fabrício Lobato, de matemática, ambos estão seguindo orientações à risca. O professor lembra que para aprender determinado assunto é necessário, além de tempo para estudo do assunto, treino para que se tenha habilidade de resolver problemas de forma acertada e com agilidade, considerando o grande volume de questões em cada dia de prova. São 180 no total, sendo no primeiro dia 45 de Linguagens e Códigos e 45 de Ciências Humanas mais a redação, e no segundo dia 45 de matemática e 45 de Ciências da Natureza.


Estudante Liliane Moraes (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Estado emocional também é importante

Para o estudante Caio Ribeiro, 18, a principal meta agora é manter o pensamento positivo. “Precisamos ter otimismo e determinação”, diz, já que o conteúdo programático referente às provas dos dois dias já foi repassado em sala de aula desde o início do ano. Segundo o aluno, manter-se seguro de que fará uma boa prova o estimula a ficar mais concentrado para conseguir uma vaga no concorrido curso de Medicina.

E concentração é fundamental para conseguir organizar a rotina de estudos, agora com mais exercícios e leitura de resumos teóricos dos principais conteúdos que costumam ser abordados no exame. “O mais difícil é começar a pensar que já falta pouco tempo e conciliar tudo que precisamos revisar. Mas sempre fui muito determinado”, diz.

APOIO

A estudante Júlia Marinho, 17, acredita que o apoio dos colegas e da família é fundamental. Ela conta que no início do convênio foi preciso superar dificuldades do volume de conteúdo do último ano do ensino médio. “A gente acabou criando fortes laços com os amigos, o que ajuda bastante. No início a gente só pensa em focar e estudar a não fazer mais nada”, comenta.

Apesar da proximidade da prova, a pedagoga Ana Paula Santos, coordenadora de um colégio de Belém, garante que não é indicado aumentar o ritmo de estudos e que, se for possível, é aconselhável até mesmo que se reduza gradativamente o número de horas em que os alunos devem passar debruçados sobre livros e cadernos.

“Trabalhamos com revisão para rever os assuntos que mais caem e exercícios em sala e o estudo dos resumos dos conteúdos. Mas importante também nessa etapa é fornecer um preparo emocional, com auxílio de psicólogos e aulas de técnicas de relaxamento, respiração e concentração, temos um programa voltado só para isso”, explica.

Paulo Santos, 17, que também vai tentar vestibular para medicina, acredita que o controle das emoções ajuda a deixá-lo mais disposto. “Precisamos de disposição para manter o ritmo e uma rotina. É um período que estamos muito pressionados, precisamos de dicas e estratégias para nos mantermos confiantes e ficarmos bem”.

Bruna vinagre, 17, que quer ser médica também, acredita que é preciso ajustar o sono. “A gente chega a perder a vontade de dormir com tanta coisa para revisar, mas sabemos que dar conta de tudo é meio impossível. É muita pressão”. A pedagoga orienta que os alunos não se privem de dormir ou de comer para intensificar os estudos.

Temáticas costumam envolver questões sociais

Rosana Bastos, que atua há 25 anos como professora de redação, diz que precisou se desconstruir diante desse modelo de aplicação do vestibular. Além de ensinar a escrever, ela também orienta os alunos a problematizar questões sociais contemporâneas, fazendo conexões com a história e a geografia, para que a partir da discussão de temas, principalmente sobre direitos humanos, os vestibulandos possam desenvolver uma boa redação.

“Desde 2009 conseguimos perceber perspectivas de temáticas e são problemas sociais no país, pessoas em vulnerabilidade ou grupos que ainda precisam ter seus direitos garantidos. Vimos desde a violência contra a mulher, a intolerância religiosa, a inclusão dos deficientes auditivos. Então, a redação é perceber onde a sociedade está falhando, onde o estado não alcança”.

A professora lembra a imigração de venezuelanos ao Brasil. “Xenofobia é uma das possibilidades. Já tivemos como temática a imigração, mas não nesse contexto que o país está vivendo. Somos vistos como um país simpático, mas agora mostramos nossas atitudes xenofóbicas. Estava velada e hoje está explícita dentro dos nossos noticiários”, diz Rosana, enfatizando ainda a importância de ler jornais e revistas para se manter atualizado e fazer um bom argumento.

ORIENTAÇÕES

  • Busque provas dos anos anteriores para se familiarizar com o estilo de prova do Enem
  • Resolva exercícios das disciplinas que você tem mais dificuldade para saber onde estão suas dificuldades
  • Busque auxílio de um professor sempre que for possível
  • Não deixe para estudar o conteúdo somente nos meses anteriores à prova. O conteúdo deve ser estudado durante o ano inteiro
  • Descanse quando não conseguir mais estudar e volte renovado para os cadernos e apostilas
  • Para a redação, é importante ler jornais e revistas e saber os temas sociais discutidos no Brasil. Algum deles têm chance de ser o tema da prova
  • Escreva três textos dissertativos por semana e busque auxílio de um professor para a correção e orientação
  • Observe se ao escrever você consegue desenvolver um texto com boa capacidade de argumentação, para além de saber escrever dentro da norma culta da língua portuguesa
  • Valorize no texto a empatia e a alteridade, o cuidado com o próximo, e evite o discurso de ódio - o que pode gerar penalização.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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