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Mulheres que descobriram o caminho do empreendedorismo após a maternidade

Muitas mães em Belém têm despertado para o empreendedorismo, encontrando a realização profissional ao mesmo tempo em que acolhem e incentivam outras mulheres nesse processo. Michele Pinheiro, 36 anos, tinha um trabalho de 6 anos como enfermeira quando fic

Muitas mães em Belém têm despertado para o empreendedorismo, encontrando a realização profissional ao mesmo tempo em que acolhem e incentivam outras mulheres nesse processo. Michele Pinheiro, 36 anos, tinha um trabalho de 6 anos como enfermeira quando ficou grávida. Como forma de aumentar a renda, passou a comercializar brinquedos educativos para crianças.

Depois, veio a segunda gravidez e ela decidiu interromper a carreira para cuidar dos filhos. “Foi muito difícil, ainda sinto a necessidade da rotina de sair de casa, dos meus pacientes”, diz. “Mas hoje eu me encontrei como empreendedora”. Fabíola Medeiros, 37, é contadora. Ela também saiu do emprego fixo para cuidar dos filhos. A ideia era retornar ao mercado de trabalho, mas a contadora sentiu a necessidade de continuar ganhando dinheiro em casa.

“Queria cuidar dos meus filhos, mas quando parei de trabalhar, senti a necessidade de ter meu dinheiro. Enquanto estava grávida conheci outras mães na internet, em grupos de ‘desapegos’, para trocar coisas que não usa mais. Aí tive a ideia de fazer um bazar e reunir os contatos virtuais”, afirma. “Pensava em retornar ao mercado, mas agora me descobri como empreendedora e incentivadora de outras mães, não penso em voltar”.

A química Débora Vilhena, 34, se preparava para entrar no doutorado quando ficou grávida e decidiu largar a vida acadêmica para se dedicar à maternidade. “Tive que largar muitos sonhos porque minha gravidez era de risco. Precisei ficar em casa em repouso absoluto”, lembra. “Meu marido me incentivou a buscar alguma atividade que pudesse fazer de casa. Pensei em mulheres como eu, que precisavam de roupas e peças infantis e não podiam sair de casa”. Débroa, então, começou a vender as peças pela internet e entregar nas casas delas. “Da vida acadêmica para a vida de mãe empreendedora muita coisa mudou, mas me encontrei neste negócio. Não penso em voltar para a vida acadêmica”.


(Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)

GRUPOS

A funcionária pública Alynne Pinheiro, 26, nunca havia pensado em ser empreendedora. Ao engravidar e buscar por itens de maternidade, conheceu outras mães em grupos de ‘desapegos’ e enxergou aí a oportunidade de renda extra. “Fui só comprar um sling (carregador de bebê feito de pano) e descobri o empreendedorismo materno. Sinto um prazer muito grande”, explica. Com a semente do empreendedorismo plantada e ajuda de outra mulher empreendedora, a ex bancária, Janaina Mourão, elas criaram um evento e uma rede de empreendedorismo para mães, o “Bazar Mamy & Baby”. O grupo possui 80 integrantes.

“Não é vender por vender, trata-se de uma rede de apoio. Uma forma de ajudar outras mulheres. Hoje, senti a necessidade de me afastar do trabalho como funcionária pública para cuidar da minha filha, que é alérgica. A situação me forçou a isso, mas eu acabei me encontrando. Sinto-me realizada ajudando outras mulheres”, explica Débora Vilhena.

Se na rotina materna, os desafios são grandes, ao se tornarem empreendedoras, se tornaram maiores. “Eu trabalho em casa com o computador, celular, às vezes ao mesmo tempo estou cozinhando, a filha quer atenção, tenho que falar com fornecedor”, diz Débora. “Mas, mesmo com tudo isso, eu prefiro ser mãe empreendedora. Na minha área já não acho mais lugar pra mim. O mercado é machista também. Entre mulheres e homens, já fui recusada em algumas vagas por ser mãe”, relata Débora.

Janaina Mourão, 34, não é mãe, mas é uma incentivadora das que são. “Em alguns casos a maternidade é o primeiro impulso de empreendedorismo para algumas mulheres. Depois que elas saem do mercado de trabalho para ‘maternar’ elas se transformam, não serão mais as mesmas”.

Janaina também afirma que para que a rede de mulheres se fortaleça é preciso incentivo e qualificação. “Elas têm vontade ou necessidade de empreender, mas não é interessante sair vendendo ou produzindo qualquer coisa. Nossa ideia é ofertar apoio com orientações financeiras, apoio gerencial, contábil, de marca para que elas possam crescer de maneira sustentável, antecipando cenários, riscos, buscando parcerias, formalizações”.

BAZAR

No sábado (6), será realizada a 6ª edição do Bazar Mamy & Baby, de 9 às 17h. O evento reunirá 36 expositoras com produtos novos e itens de “desapego”.

Também terá palestras, exposições fotográficas, espaços para amamentações e kids, além de ação para arrecadar alimentos não perecíveis e fraldas descartáveis para um Instituto de apoio às crianças em tratamento oncológico.

Será realizado na Casa Sete (Enéas Pinheiro, nº721). Entrada gratuita

(Josiele Soeiro/Diário do Pará)

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