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Clínica de amiga de Márcio Miranda recebe R$ 6 milhões do Estado

A clínica apontada pelo candidato do DEM ao Governo do Estado, Márcio Miranda, com apoio do atual governador, Simão Jatene, como sendo pública, na verdade é uma empresa privada. Na propaganda da TV, o candidato afirma que “levou e ampliou” o serviço públ

A clínica apontada pelo candidato do DEM ao Governo do Estado, Márcio Miranda, com apoio do atual governador, Simão Jatene, como sendo pública, na verdade é uma empresa privada. Na propaganda da TV, o candidato afirma que “levou e ampliou” o serviço público de hemodiálise em Castanhal, cidade onde mantém sua base política. Mas, para isso, utiliza-se da imagem de uma clínica particular, a Clínica de Nefrologia de Castanhal, que tem como uma das sócias Renelde Torres, também filiada ao DEM, e casada com um diretor do Hospital Francisco Magalhães, de propriedade da família de Márcio Miranda.

A Clínica de Nefrologia de Castanhal recebe repasses do Governo do Estado para atender pacientes do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep) e do Serviço Único de Saúde (SUS), por meio de convênios. O Governo do Estado tem contratos em vigência com a clínica, publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) de 28 de junho deste ano, na forma das resoluções de nº 73 e 74, da Comissão Intergestores Bipartite, que fixam em mais de R$ 6 milhões os valores que devem ser repassados para a clínica ao ano pela prestação de diversos serviços.

Não é, portanto, um hospital público, como a propaganda de Márcio Miranda quer fazer parecer, e nem está de portas abertas para a população que precisa desse serviço. É uma clínica privada que recebe repasses do Governo para atender pacientes do SUS.

AMIZADE

Uma das donas da clínica, Renelde Torres, é uma antiga amiga de Márcio Miranda. Ela é casada com Carlos Rogério Pinto, um dos diretores do Hospital Francisco Magalhães, de propriedade da família do Márcio. Os dois também são filiados ao DEM, mesmo partido do candidato. O que pouca gente sabe é que Carlos Rogério foi secretário municipal de Saúde de Castanhal há alguns anos e foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) por superfaturamento na compra de remédios.

As pessoas atendidas pela clínica, em sua maior parte idosas, ainda denunciam as péssimas condições em que são recebidas, como a falta de água para os aparelhos de hemodiálise e a alimentação inadequada para pacientes e acompanhantes, o que faz com que muitos prefiram enfrentar suas doenças em casa a ter que ir para a clínica.

Dalvina Ferreira Ramos é a acompanhante mais frequente do marido, João Carlos Ferreira, nas sessões de hemodiálise realizadas na Clínica de Nefrologia de Castanhal. Dalvina vê de perto as dificuldades que o marido enfrenta para realizar o tratamento, que, por si só, já é extremamente desgastante. Além disso, ele ainda precisa enfrentar a falta de cuidados, como a alimentação inadequada e a sujeira no espaço. “Já vi o lençol dele sujo de sangue e demorou um tempão pra virem trocar. Eu chamei, mas só vieram depois, e ele ficou lá, coitadinho”, conta.

Ela explicou ainda que sabia se tratar de uma clínica privada conveniada com o Estado para atender pacientes do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep), como o marido. “A gente sabia que era uma clínica privada, até porque aqui em Castanhal não tem hospital público que ofereça esse tipo de atendimento, infelizmente”, completou.

A Assessoria do candidato Márcio Miranda foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento desta edição, não deu retorno.

Hospital do candidato já embolsou mais de R$ 19 milhões

Enquanto a Clínica Nefrológica de Castanhal, de uma amiga de Márcio Miranda, recebe mais de R$ 6 milhões da administração de Simão Jatene, o Hospital Francisco Magalhães, que, segundo a Receita Federal, pertence à Daniela Chaves de Magalhães Miranda, esposa do deputado, e a dois filhos do casal: Ygor e Ytalo, angariou, entre janeiro de 2004 e junho deste ano, em valores atualizados, mais de R$ 19 milhões repassados pelo Governo do Estado, por meio do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep). A maior parte desse recurso foi paga a partir de 2011, no governo Jatene, quando o Iasep passou a ser controlado pelo DEM, o partido do deputado, que preside a Alepa.

(Diário do Pará)

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