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Obras de Zenaldo e Jatene em Belém permanecem inacabadas

Em 2014, um sonho do funcionário público, José de Jesus, 65 anos, começou a ser realizado. Nascido e criado na rua Maravalho Belo, no bairro da Marambaia, em Belém, ele sempre quis ter por perto uma Unidade de Saúde para recorrer às emergências médicas de

Em 2014, um sonho do funcionário público, José de Jesus, 65 anos, começou a ser realizado. Nascido e criado na rua Maravalho Belo, no bairro da Marambaia, em Belém, ele sempre quis ter por perto uma Unidade de Saúde para recorrer às emergências médicas de sua família. Porém, a idealização se transformou em frustração.

As obras da UPA do bairro estão paradas. O que era para ser entregue em 2015, se arrasta até hoje, sem prazos para terminar. “Os operários vão e voltam, e estamos apenas na promessa”, reclama.


(Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

O DIÁRIO esteve no local. Na frente, apenas mato, lixo, portões fechados e uma placa anunciando o valor de quase R$5 milhões gastos na construção. Do lado de dentro, faltam forro, pintura, há fiação exposta e um vazamento de água no bebedouro alaga o piso do que era para ser a recepção.

“Vemos o nosso dinheiro indo pelo ralo. Enquanto isso, ficamos sonhando com a unidade”, disse João. No prédio não tem segurança, apenas um morador da rua que faz a vigilância do local. E quem precisa de atendimento, precisa se deslocar aos outros postos ou recorrer ao Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, no Umarizal. “Quem não tem carro tem de se abalar de ônibus, passando mal, até o PSM da 14, chegando lá, tudo lotado”, observa o autônomo Luiz Souza, 45.

BRT

Não tão distante da UPA da Marambaia, as obras do BRT, já duram oito anos. Os 13 quilômetros da obra na avenida Augusto Montenegro parecem intermináveis. Ao passar da entrada do conjunto Satélite, toda sorte de problemas atormenta motoristas, pedestres e ciclistas: buracos, lama, entulho, lixo, falta de acostamento, paradas de ônibus improvisadas, mato alto no canteiro central. Por outro lado, o que não falta é reclamação.

Os comerciantes da área já perderam as contas do prejuízo com o projeto de urbanização da avenida, que na gestão do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), começou em 2015 e parece longe do fim. “Vivemos em um transtorno diário. O trânsito não flui, nada funciona. Para atravessar é um problema. Sem falar dos clientes que não têm onde parar o carro”, lembra a atendente de uma panificadora, Iris Rodrigues, 18 anos.

A costureira Conceição Moura, de 68, faz planos para espantar os transtornos. Há 10 anos, ela vende roupas na porta de casa, mas já pensa em colocar a mercadoria na bolsa e conquistar outro mercado.

“Aqui as pessoas não param mais para comprar. Vivemos um caos, a nossa casa vai perdendo o limite com a rua, sem falar na insegurança e na escuridão à noite”, reclama. A Caixa, que financia parte da obra, diz que o projeto é avaliado em R$ 422 milhões e R$ 396 milhões já foram gastos até aqui. Os trabalhos deveriam durar 18 meses.


(Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

Na João Paulo II, trabalho interminável

Entra ano e sai ano e o pintor Marcelo Santos Pereira, não entra em casa, na rua Pedreirinha, no Guanabara, sem ter de passar pelos transtornos do prolongamento da avenida João Paulo II, em Belém. “É caminhão, operário, trator, ou quando não tem gente trabalhando, fica apenas os materiais jogados no meio da rua”, desabafa. Inicialmente a construção estava prevista para ser concluída em novembro de 2014. Porém, o trabalho passou por sucessivos adiamentos, sendo o último prazo estipulado para dezembro do ano passado. As obras têm um custo total de R$ 300 milhões.

“Até hoje não temos iluminação à noite. Os ônibus não vêm até aqui, mudaram o sentido das ruas, os carros saem, mas não voltam pelo mesmo lugar”, aponta Marcelo. As 460 famílias do condomínio Ideal BR, que estava localizado às margens da rua Pedreirinha, reclamam da falta de acessibilidade da pista. O aposentado Antônio Nunes, de 73, conta que os carros saem pela João Paulo II, mas a volta é pelas ruas de trás, Ricardo Borges e Tancredo Neves. “Quem precisa pegar ônibus sofre, quem vem de carro sofre, e a obra nunca acaba”, conta.

Segundo o Governo do Estado, a conclusão do prolongamento da Avenida João Paulo II precisou ser adiada. Contudo, a obra prossegue. Uma falha no fornecimento do aço contratado para a fabricação das passarelas de pedestres foi determinante para a alteração do cronograma de entrega da obra e uma nova data será agendada.

RESPOSTA

A Prefeitura de Belém, por meio da Seurb, informa que as obras do BRT seguem em andamento e estão resolvendo os problemas estruturais da Augusto Montenegro conforme os serviços avançam, a exemplo do primeiro trecho já concluído onde a população conta com o sistema implantado e a via reurbanizada. Esta semana a prefeitura entrega a segunda etapa das obras, até o Tapanã. Já a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) esclarece que obra da UPA da Marambaia está em andamento e com entrega programada para dezembro de 2018.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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