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Programação comemora 4 anos que o carimbó virou Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil

No dia 11 de setembro de 2014, o carimbo foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Hoje, quatro anos depois, a data está sendo celebrada com o projeto “Carimbó do Meu

No dia 11 de setembro de 2014, o carimbo foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Hoje, quatro anos depois, a data está sendo celebrada com o projeto “Carimbó do Meu Brasil 2018”, uma extensa programação que se iniciou por São Paulo, passou pelo Rio de Janeiro, e hoje chega a Belém, onde segue até o dia 16 em diversos espaços da cidade. Alter do Chão e Marapanim também receberão eventos alusivos à data.

A programação inicia hoje com “Alvorada de Carimbó no mercado do Ver-O-Peso, às 6h, com o grupos de carimbo Sancari e Sereia do Mar, de Marapanim, e outros grupos da capital. À tarde, a partir das 16h, no auditório do Iphan, a Campanha do Carimbó e o próprio instituto debaterão os resultados do registro do carimbo e as ações de salvaguarda que vêm sendo realizadas com recursos públicos.

Na quarta-feira, 12, será realizada uma reunião do Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó, colegiado que tem representantes das comunidades carimbozeiras e que discute junto ao Iphan a construção do Plano de Salvaguarda. Na quinta-feira, 13, será realizado o seminário “Patrimônio Cultural Imaterial e Garantia de Direitos: uma conexão necessária”, realizado em parceria com o Ministério Público do Pará e o Instituto Iacitatá, e que terá como foco a questão dos direitos associados ao patrimônio cultural, com apresentações de situações e demandas das comunidades detentoras e debate com as autoridades e instituições públicas. O evento encerrará com roda de carimbo na Feirinha Agroecológica da Iacitatá, no Complexo Feliz Lusitânia.

RESISTÊNCIA

Na noite do dia 13 a festa será no Espaço Cultural Apoena, um dos pontos de referência do carimbó em Belém. Lá será realizado o baile “Somos Patrimônio! Somos Resistência”, animado pelo Coletivo de Mestres e Mestras do Carimbó do Pará, formado por integrantes vindos de 18 diferentes municípios paraenses. A renda obtida com a venda dos ingressos a R$ 10 para a festa será destinada para custear a alimentação desses grupos e mestres que vêm a Belém participar da programação, em uma estratégia de financiamento comunitário do evento.

A Casa Velha 226 abriga a “Mostra Cine Carimbó”, no dia 14, com a exibição gratuita de documentários temático de produtores parceiros do movimento carimbozeiro em formato de curta e média metragem. Entre as obras em cartaz serão exibidos os inéditos minidocs resultantes do “Circuito Carimbó Nosso Patrimônio”, realizado na Casa Velha em 2017, com grupos e mestres da RMB. A exibição será seguida por um bate-papo com realizadores e mestres convidados.

No dia 15 será promovida a mostra de música e dança “Carimbó do Meu Brasil – Ano IV”, que reunirá grupos, mestres e mestras tradicionais de carimbó na Praça do Artista, do Centur, com apresentações gratuitas. O local ainda abrigará a “Feira de Artes do Carimbó”, com exposição e comercialização de peças ligadas ao carimbó, como artesanato alusivo, roupas típicas, instrumentos tradicionais, CDs e DVDs dos grupos emestres, etc.

A programação se encerra no dia 16 em um dos endereços mais tradicionais do carimbo no Pará, o Espaço Coisas de Negro, em Icoaraci, que recebe a roda de carimbo “Tambores Patrimoniais”, com vários mestres e mestras convidados celebrando a força e a diversidade do movimento carimbozeiro organizado.

SP e RJ deram início às comemorações

Projeto “Carimbó do Meu Brasil 2018” terá ações culturais e debates sobre salvaguarda do patrimônio em Belém, Marapanim e Alter do Chão (foto: Bruno Carachesti)

O projeto “Carimbó do Meu Brasil 2018” iniciou bem antes, no dia 7, em São Paulo, no centro Cultura Butantã, e no dia 9, no Largo das Neves, Rio de Janeiro, fruto da aliança da Campanha do Carimbó com músicos e coletivos culturais apaixonados pelo carimbó, como o paraense Silvan Galvão, fundador do projeto Carimbloco. A programação nas duas cidades teve rodas de dança e música, shows e a presença dos mestres Chico Malta e Paulinho Barreto, do Movimento do Carimbó do Oeste do Pará, que realizaram vivências e oficinas. Além de Belém, a data será celebrada hoje no município de Marapanim, considerada a capital do carimbó no estado.

Lá haverá cortejo cultural, levantação de mastro, shows e um bingo reunindo mestres egrupos do município. Em Alter do Chão, às margens do Rio Tapajós, a festa será no dia 13, quando o Movimento do Carimbó do Oeste do Pará promove uma festa na “Quinta do Mestre e a Sereia”, na orla de Alter, em frente à casa do Mestre Chico Malta, com shows de Silvan Galvão e mestres do Tapajós, em sintonia com o movimento carimbozeiro estadual.

SALVAGUARDA

A declaração do carimbo como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil foi a culminância de um projeto iniciado em 2005, quando mestres e grupos do carimbo paraense se organizaram em um movimento coletivo em busca de visibilidade para essa importante manifestação da cultura popular paraense. Agora o projeto “Carimbó do Meu Brasil 2018”, segundo seus organizadores, “busca valorizar os grupos e mestres tradicionais que foram os protagonistas dessa histórica conquista, bem como proporcionar o acesso da população a este precioso patrimônio cultural paraense e brasileiro”.

Organizado pela Campanha do Carimbó, Associação do Carimbó do Estado do Pará (Acepa) e Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó, em parceria com várias instituições como o Iphan-Pará, Ministério Público do Pará e Fundação Cultural do Pará, o projeto é “uma grande oportunidade para esclarecer a sociedade sobre os avanços e ganhos proporcionados pelo processo do registro, bem como discutir os desafios e perspectivas da política de salvaguarda que está sendo construída de forma compartilhada pelo movimento carimbozeiro e as instituições públicas, em especial o Iphan, demonstrando de forma concreta a importância das políticas culturais e da garantia de direitos para o carimbo e seus mestres e mestras, seus grupos e comunidades que já salvaguardam esse patrimônio há gerações”.

PARTICIPE

Projeto “Carimbó do Meu Brasil 2018”

Quando: De hoje ao dia 16, em Belém. Hoje também em Marapanim e dia 13 em Alter do Chão

Informações: pelo site ou pela página no Facebook

PROGRAMAÇÃO

BELÉM

6h – Alvorada de carimbó, com apresentação dos grupos Sancari, Sereia do Mar e convidados.

Onde: Feira do Ver-O-Peso

Quanto: Gratuito

16h – Mesa de palestra e debate com o tema: “Somos Patrimônio: avanços, conquistas e desafios na construção compartilhada das políticas de salvaguarda para o carimbó”

Onde: Auditório do Iphan (Av. Governador José Malcher, esquina com Tv. Benjamin Constant–Nazaré)

Quanto: Gratuito

MARAPANIM

17h - Cortejo, bingo e shows

Onde: Sede do Grupo Raízes da Terra (concentração do mastro e cortejo) e Espaço Zimba (bingo e shows)

(Diário do Pará)

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