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Radialista responde a ações na Justiça Federal por corrupção

O radialista Raimundo Nonato da Silva Pereira está sendo processado em duas varas da Justiça Federal em Belém. Na 1ª vara responde por improbidade administrativa e, na 3ª vara, por crime de fraude e desvio de recursos. Nonato Pereira apresenta um programa

O radialista Raimundo Nonato da Silva Pereira está sendo processado em duas varas da Justiça Federal em Belém. Na 1ª vara responde por improbidade administrativa e, na 3ª vara, por crime de fraude e desvio de recursos. Nonato Pereira apresenta um programa matinal diário na rádio Mix FM(100,9 FM).

Os dois processos aguardam julgamento e envolvem um vultuoso esquema de um contrato milionário entre a prefeitura de Marituba e a empresa BR7 Editora de Livros Ltda. para a aquisição de material e equipamentos destinados ao ensino do idioma inglês na rede municipal de educação do município com despesas provenientes de recursos do Fundeb.

Em maio de 2016, foram presos os empresário Alberto Pereira de Souza Júnior e Washington Luiz DiasLima, a advogada Angélica Laucilena Mota Lima, o servidor público Mário Wilson Moraes Júnior e o empresário Heron Melo de Souza. Nonato Pereira só não foi preso preventivamente na ocasião por não ter sido encontrado pela Polícia Federal, mas a PF encontrou na sua casa cerca de R$ 100 mil e 1.050 dólares, além de maconha.

O Ministério Público Federal relatou que a Prefeitura de Marituba e Empresa BR7-Editora celebraram convênio de R$ 1,8 milhão para aquisição de livros de inglês correspondente a um kit educativo composto de três livros didáticos, três DVDs, uma sala de aula móvel e uma equipe de professores para ministrar as aulas no período 18 de dezembro a 17 de fevereiro 2015.

De acordo com o que apontaram as investigações policiais, o radialista Nonato Pereira, em diversas oportunidades, fez exigências de pagamento a Alberto Júnior em razão do conhecimento das fraudes nas contratações da empresa BR7-editora.

“Tudo indica ser Nonato Pereira peça essencial para o êxito do recebimento das vantagens indevidas, uma vez que utiliza sua atividade de radialista e o seu programa de rádio para coagir e cobrar prefeituras que firmaram os contratos com a empresa BR7-editora”, reforçou o juiz federal Rubens Rollo D’oliveira, que decretou a prisão dos envolvidos.

NOVA PRISÃO

No dia 4 de abril desse ano o Nonato Pereira foi preso durante operação “New Lessons”, do Ministério Público do Estado, que apurou fraudes em licitações no município de Vitória do Xingu.

O prejuízo aos cofres públicos chega a quase R$ 6 milhões. Além do radialista, foram presos o empresário Alberto Junior e a esposa Angélica, além deWashington. Já em Vitória do Xingu, foi detido Joel Shigueru Yamanaca, Secretário Municipal de Administração.

É a mesma acusação das fraudes de Marituba. Segundo o MP, o prejuízo à prefeitura de Vitória do Xingu, alcança maisdeR$5,6milhões.

RACISMO

Nonato Pereira também responde a um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) que investiga ofensas raciais proferidas no seu programa de rádio contra indígenas da etnia Warao que migraram da Venezuela no contexto da crise político econômica no país vizinho.

O programa foi ao ar no dia 2 de agosto na mesma rádio Mix FM. O áudio do programa passou a circular pelo WhatsApp e chegou ao conhecimento do MPF. Mostra conversas entre o radialista e outros repórteres onde são proferidas várias noções preconceituosas contra os indígenas. Nonato Pereira os chama mais de uma vez de “vagabundos”.

Não existe prazo para o fim das investigações. A lei brasileira que define o crime de racismo lista como criminoso quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

O crime pode resultar em pena de reclusão de um a três anos e multa.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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