Grupo de indígenas invade sede da prefeitura de Tomé-Açu

Um grupo de índios da etnia Tembé ocupou a sede da prefeitura de Tomé-Açu, no nordeste paraense, no final da manhã desta segunda-feira (10). A entrada do prédio foi bloqueada pelos indígenas.

Segundo informações, os índios exigem uma audiência com representantes do governo municipal para discutir algumas reivindicações, como melhorias nas áreas da saúde, educação, nas estradas que dão acesso às comunidades, além do pagamento de salários atrasados.

De acordo com os índios que participaram da manifestação, funcionários indígenas que trabalham em escolas na comunidade, foram demitidos sem a menor explicação. Os que permanecem trabalhando, estão com salários atrasados desde julho deste ano. Além disso, eles afirmam que a verba para pavimentação das estradas que dão acesso às aldeias, já foi liberada, porém, nenhuma obra foi iniciada.

Em nota, a Prefeitura de Tomé-Açu informou que "saúde indígena não é atendida pelo município, e sim pela Secretaria Nacional de Saúde Indígena (Sesai) , que tem um polo em pleno funcionamento no município" e que "não houve demissão de servidores indígenas e nem de servidores não indígenas, pois demissão e admissão estão proibidas pela Lei Eleitoral" e que "se houvesse, o Ministério Público certamente denunciaria".

A prefeitura ainda afirma que não existem salários atrasados e que todos os efetivos já receberam e o salário dos concursados será pago dentro do prazo legal. Sobre as estradas que dão acesso às aldeias, "não existe verba federal específica para isso e não há emenda parlamentar para tal obra". Todas as verbas recebidas pela prefeitura estão no portal da transparência e você não vai encontrar essa verba citada por eles. Em relação à educação, a prefeitura afirma que conta com "professor pedagógico, professor de cultura indígena, professor de arte indígena, professor de língua indígena, coordenador pedagógico indígena", além do Somefi, "uma espécie de Sistema Modular Indígena.

(DOL com colaboração de Ailton Medeiros)