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Museu Emílio Goeldi se mantém com dificuldades

O incêndio que destruiu o Museu Nacional chamou atenção para uma questão grave no país: a dificuldade na manutenção de Museus, Instituições de Pesquisa e outros patrimônios históricos. O Museu Paraense Emílio Goeldi é o segundo museu de ciência mais antig

O incêndio que destruiu o Museu Nacional chamou atenção para uma questão grave no país: a dificuldade na manutenção de Museus, Instituições de Pesquisa e outros patrimônios históricos. O Museu Paraense Emílio Goeldi é o segundo museu de ciência mais antigo do Brasil (depois do próprio Nacional) e pioneiro na Amazônia. Desde sua fundação, há 152 anos, a instituição desenvolve estudos científicos dos sistemas naturais e socioculturais amazônicos, além de atuar na divulgação de conhecimentos e acervos.

Em coletiva realizada ontem (6), no Parque Zoobotânico, os pesquisadores falaram sobre os desafios para manter o trabalho funcionando, com a manutenção e modernização de seu espaço físico. Os cortes no orçamento quase resultaram no fechamento do Parque, na capital paraense, e da Estação Científica Ferreira Penna, na Floresta Nacional de Caxiuanã. Após um grande movimento popular no ano passado, o Museu conseguiu refazer os recursos disponíveis para 2018, que inicialmente eram de R$ 8 milhões e passou para R$ 15,4 milhões.

Com o dinheiro, será possível garantir a continuidade das atividades básicas até o final do ano, como manutenção de limpeza, vigilância, manutenção de equipamentos e insumos para pesquisas, e finalizar obras importantes no Parque Zoobotânico, como o Espaço Educativo e o Pavilhão de Exposições Eduardo Galvão. Segundo a Diretora Substituta do Museu, Roseny Mendes, o maior desafio, além das questões físicas, é o corpo funcional. “Além dos materiais, um dos fatores mais agravantes para se manter é uma reposição automática do corpo técnico. Desde de 2012 não temos concursos, então essa é uma grande dificuldade para dar continuidade às pesquisas”, destaca.

Centenas de espécies de animais estão catalogadas no acervo de pesquisa (Paula Sampaio/ACERTO MPEG)

ATENÇÃO

Ao abrir as portas para que a imprensa pudesse fazer raros registros de peças na Reserva Técnica e Arqueológica do Museu Emílio Goeldi, a curadora do espaço, Helena Lima se emociona. “Infelizmente foi preciso que acontecesse uma grande tragédia para que o público voltasse sua atenção para cá”, lembra. “Aqui temos uma pequena mostra da infinidade de riqueza que lutamos diariamente para a preservação. E essa quantidade imensa de peças, não tem a quantidade de corpo técnico ideal para a manutenção”, diz. Sobre as medidas de prevenção para desastres como incêndio, a direção do Museu tem se articulado e prevê para os próximos dias a realização de treinamento de seu corpo técnico para a formação de uma nova brigada de incêndio.

EM NÚMEROS

PESQUISA

Pesquisadores do Museu Goeldi já descobriram mais de 500 novas espécies da fauna,da flora e de fungos da Amazônia, só neste século XXI.São mais de 4,5 milhões de itens tombados. O Parque Zoobotânico,o mais antigo do gênero no Brasil, mantém coleções vivas da fauna (mais de 1.700 animais de 80 espécies) e lora (cerca de 500 espécies representadas por aproximadamente 2 mil indivíduos) .E recebe em média 400 mil visitantes por ano.

(Josiele Soeiro/Diário do Pará)

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