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Funcionários contrariam Hydro e admitem uso de um canal velho

Dois depoimentos extremamente evasivos marcaram mais um dia de oitivas solicitadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Pará que investiga danos causados à bacia hidrográfica do Rio Pará. Sérgio Ferreira, g

Dois depoimentos extremamente evasivos marcaram mais um dia de oitivas solicitadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Pará que investiga danos causados à bacia hidrográfica do Rio Pará. Sérgio Ferreira, gerente geral de refinaria da Alunorte, e Domingos Campos Neto, diretor de sustentabilidade da Norsk Hydro, foram ouvidos por quase três horas e meia pelos deputados Neil Duarte (PSD), que preside a CPI, Celso Sabino (PSDB), relator, e Carlos Bordalo (PT).

Ambos negaram que houve contaminação ou transbordo das bacias de rejeitos em Barcarena entre 16 e 17 de fevereiro deste ano, durante uma forte chuva, mesmo com os parlamentares lembrando que a própria direção mundial da empresa admitiu o vazamento e pediu desculpas aos afetados.

Sérgio foi o primeiro a ser ouvido e sustentou que a chuva forte representou um evento nunca antes registrado pela empresa, com 220 milímetros de água em dez horas. Ele admitiu o despejo de água de chuva pelo canal velho, mas negou todas vezes que houve contaminação ou transbordo das bacias de rejeitos. Confirmou que durante a chuva um raio desligou a energia e as subestações ficaram 30 minutos sem funcionar, ou seja, sem tratar os efluentes. Que a utilização do canal velho foi autorizada pela direção da empresa e só ocorreu porque mesmo os 9,5 mil metros cúbicos de capacidade das bacias não dariam conta do excesso de água de chuva, e que as bacias estavam com nível abaixo de 50% quando a chuva começou. O relator Celso Sabino disse que irá pedir ao advogado da Hydro que libere as informações de sistema que confirmem o tempo que as subestações ficaram sem funcionar.

Já Domingos Campos Neto admitiu saber que o uso do canal velho era proibido, mas que no entanto não havia outra solução para evitar danos ainda mais graves. Ele afirma, porém, que a água despejada era “basicamente água de chuva”, e que isso foi confirmado porque os técnicos testaram para confirmar que o que passaria por ali era somente água de chuva. “Era a última medida a ser tomada”, informou. “A Hydro cumpre integralmente as condicionantes. Trabalhamos no cumprimento da legislação ambiental e vamos além das condicionantes em ações que vão bem além”, defendeu.

O presidente mundial da Hydro, Svein Richard Brandtzaeg, que pediu desculpas ao povo paraense e a sociedade brasileira pela falta de zelo no caso, logo após o evento danoso, diferente do que os diretores brasileiros da Hydro Alunorte defenderam junto a CPI, segue sem informar se irá a alguma oitiva.

(Carol Menezes)

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