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Alta do dólar vai afetar o pão e a sua gasolina

Com o dólar fechado a R$ 4,12, na última quinta-feira (23), patamar mais alto dos últimos dois anos, a maioria dos produtos importados e até exportados pelo Brasil ficará mais cara. É o que afirma Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Super

Com o dólar fechado a R$ 4,12, na última quinta-feira (23), patamar mais alto dos últimos dois anos, a maioria dos produtos importados e até exportados pelo Brasil ficará mais cara. É o que afirma Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas). Entre os produtos alimentícios derivados do trigo, por exemplo, o pão e o macarrão, Portugal diz que devem sofrer aumento gradativo a partir do próximo mês.

“O Brasil importa o trigo de outros países, portanto, todos os produtos derivados dele sofrerão novo aumento, apesar do reajuste de 20% que ocorreu neste mês de agosto”, afirma Jorge. Segundo ele, o azeite, bacalhau e azeitona – também importados – terão os preços elevados. Além disso, produtos derivados do petróleo, como o combustível, já sofreram impacto este mês.

Como não bastasse os importados ficarem mais caros para os brasileiros, a população também pagará caro pelos produtos que o Brasil produz e exporta. “É automático devido ao mercado interno. O fato é que ainda dependemos do dólar, a moeda determina. Até mesmo a soja, que produzimos, fica mais atrativa à exportação e o preço interno é baseado na cotação no dólar. A tendência é que também aumentem”, esclarece Portugal. “A expectativa é que se o dólar não recuar, boa parte das coisas começam a sofrer o reflexo da moeda”, acrescenta.

Em entrevista à Folhapress – agência de notícias do Grupo Folha – o professor de economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Marcelo Kfoury, explicou que cerca de 10% dos produtos da cesta básica contém matéria-prima cotada no mercado financeiro internacional, como, por exemplo, o arroz, feijão e petróleo, fazem parte das negociações no exterior.

SEM FÔLEGO

Para ele, a situação complica porque o reajuste chega no momento em que a inflação se recuperava da greve dos caminhoneiros. “Com essa disparada do dólar, não haverá fôlego. Os preços vão continuar subindo nos próximos meses”, diz.

Ainda de acordo com Kfoury, a alta da moeda americana é resultado das indefinições políticas do Brasil. “São os investidores do mercado financeiro antecipando as consequências da eleição deste ano”, opina.

Consumidor pode pagar também uma gasolina mais cara, segundo Fecomércio

De acordo com a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), caso persista a tendência de alta, outro produto, além do pão, terá aumento: a gasolina, cujos aumentos consideram a cotação do petróleo no mercado internacional.

Itens como azeite, vinhos e peixes (com destaque para bacalhau e salmão), eletroeletrônicos e viagens internacionais também serão afetados. Segundo a FecomercioSP, o câmbio atual revela o receio de que a vertente reformista não tenha vida fácil no processo eleitoral, e, com isso, a tendência de acordo com o raciocínio dos mercados é de que o País tenha sérios problemas fiscais e, consequentemente, inflacionários

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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