plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
NOTÍCIAS PARÁ

CPI quer ouvir diretores e presidente mundial da Hydro

São esperados hoje para mais uma oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga danos ambientais na bacia hidrográfica do Rio Pará os diretores da Hydro Alunorte, Sérgio Ferreira, de operações, e Domingos Campos, de Saúde, Segurança e Mei

São esperados hoje para mais uma oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga danos ambientais na bacia hidrográfica do Rio Pará os diretores da Hydro Alunorte, Sérgio Ferreira, de operações, e Domingos Campos, de Saúde, Segurança e Meio Ambiente. Eles devem ser questionados pelos deputados estaduais membros da CPI sobre a afirmação da promotora agrária Eliane Moreira, do Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA), de que não há dúvidas de que houve contaminação e ainda de que não houve um volume de chuvas que possa justificar qualquer vazamento, feita por ela durante oitiva realizada na segunda, 20, na sede do Poder Legislativo.

Os deputados esperam ouvir nesta mesma sessão o presidente mundial da multinacional, Svein Richard Brandtzaeg, que pediu desculpas ao povo paraense e a sociedade brasileira pela falta de zelo no caso, logo após o evento danoso, diferente do que os diretores brasileiros da Hydro Alunorte defenderam junto a CPI. Só que até o fechamento desta edição não havia qualquer contato por parte dele sobre sua participação.

“Os dados técnicos que nós temos no inquérito civil apontam que não teve chuva ‘deca milenar’. Isso é o que informa o documento da CPRM, órgão responsável por essa fiscalização”, disse Moreira de forma taxativa aos deputados, em seu depoimento.

A procuradora relatou ainda que esta alegação foi a mesma da empresa em outra situação de vazamento no ano de 2009. “Com isso, então, a cada dez anos o Estado do Pará teria uma chuva ‘deca milenar’, o que é incompatível com o estado da ciência. A ciência não se acomodaria com isso”, declarou, derrubando a alegação do argumento principal de defesa dos diretores da empresa norueguesa no Pará.

De acordo com a Eliane, que integra uma força-tarefa criada pelo MP-PA e pelo MP Federal, para investigar o caso, não existe mais dúvida sobre a ocorrência de vazamento de efluentes não tratados para o leito de rio e o uso de um canal antigo (o “canal velho”), sem autorização e licenciamento.

TRANSBORDAMENTO

Sobre o transbordamento informou que ainda existe necessidade de conclusão desta investigação. Garantiu também que existe a convicção de que um caminhão virou com resíduos em estrada próxima, fato negado pela empresa. “Que o caminhou tombou, tombou e ele tinha resíduos compatíveis com a DRS1. O que nós queremos saber agora é o porquê e quem foi o responsável”, cobrou.

A promotora expôs ainda sobre as investigações feitas pelo órgão aos deputados, defendeu que exista um processo de revisão sobre a segurança das barragens de rejeitos, que existam ajustes nos planos de emergência, no plano de ação emergencial que não funcionava e que sejam efetivadas melhorias no processo industrial da empresa.

RELEMBRE - No dia 17 de fevereiro, moradores de Barcarena denunciaram a suspeita de vazamento de rejeitos da bacia da Hydro. A cor da água do rio teria ficado avermelhada, o que indicaria presença de rejeitos de bauxita. A Semas fez vistoria e negou vazamento. Dias depois, o Evandro Chagas confirmou que houve sim.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Notícias Pará

Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias