José Santos Souza Junior, conhecido como Piná foi condenado a 11 anos de prisão pela morte do vizinho, o açougueiro Gleydson Fabricio dos Santos Rodrigues, de 23 anos. O Júri foi presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa. A pena base aplicada ao réu, de 12 anos, foi reduzida em um ano porque o réu confessou o crime e foi fixada em 11 anos de reclusão a serem cumpridos em regime inicial fechado.
A decisão acolheu tese acusatória sustentada pelo promotor de Justiça Edson Souza, de que o réu cometeu crime de lesão corporal seguida de morte, que também foi uma das teses apresentadas pela defesa de José Santos Junior.
Em defesa do réu atuou o advogado Fábio Falcão Chaves, que sustentou que José Junior agiu em legítima defesa e, como tese alternativa, a desclassificação do crime para lesão corporal seguida de morte, compartilhando o entendimento da promotoria.
Compareceram à sessão do júri cinco testemunhas que prestaram depoimentos, todas parentes do réu ou da vítima que revelaram existir uma desavença entre ambos.
O sobrinho do réu, à época um adolescente de 16 anos, contou que o conflito foi motivado porque José Santos Junior teria ficado com uma porção de carne bovina do açougue do pai de Gleydson Rodrigues e não tinha efetuado o pagamento. O informante alegou que o tio quitou a dívida com o pai da vítima, que por sua vez continuava cobrando a dívida.
Em interrogatório prestado, o réu disse que vendia mingau em um carrinho de comida. Ele confessou o crime e alegou que a vítima costumava lhe exigir dinheiro toda vez que ele saía em direção ao Ver-O-Peso, centro comercial de Belém, caso não deixasse algum dinheiro.
O crime ocorreu em 2007, quando Gleydson Rodrigues saía de uma festa, ocasião em que o réu armado com uma faca desferiu violento golpe em seu abdômen. Gleydson Rodrigues morreu a caminho do Hospital de Pronto socorro.
Após o esfaqueamento da vítima um dos amigos do açougueiro puxou uma arma e efetuou vários disparos atingindo um adolescente na região da coluna lombar. O jovem estava próximo do local e ficou com dificuldades de mobilidade permanente.
Conforme acusação, José Santos Junior fugiu após o crime e permaneceu por anos na condição de foragido da Justiça, sendo suspenso o prazo prescricional do processo. O acusado foi recapturado há um ano, foi mantido preso e conduzido pelo Sistema Penal ao Fórum.
(Com informações do TJPA)
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