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Profissão orgulha feirantes, mas condições de trabalho são precárias

Às vésperas do Dia do Feirante, comerciantes do Mercado de São Brás, em Belém, vivem uma mistura de emoções com a data comemorativa deste sábado (25). Se por um lado se orgulham da profissão com que construíram suas vidas e famílias, por outro eles ficam

Às vésperas do Dia do Feirante, comerciantes do Mercado de São Brás, em Belém, vivem uma mistura de emoções com a data comemorativa deste sábado (25). Se por um lado se orgulham da profissão com que construíram suas vidas e famílias, por outro eles ficam frustrados com as más condições do local de trabalho.

“Festa é festa. É o momento de esquecer as dificuldades e interagir com a comunidade”, afirma a diretora da Associação dos Empreendedores do Mercado de São Brás, Rosana Martins, 57, que há 30 anos vende ervas medicinais e artesanato no local. “Eu tenho muito orgulho da minha profissão. Tudo que construí saiu dessa feira, criei minha filha e minhas cinco netas com o que ganhei aqui”, revela, ressaltando que uma de suas netas já se formou em Odontologia e a outra está prestes a terminar o curso de Medicina.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

O vendedor de vinis, cds e artigos de som Fernando Cassiano, 48, se orgulha principalmente de ter herdado o negócio de seu pai. “Eu sou muito feliz com que faço hoje, dando continuidade ao trabalho do meu pai e trabalhando por conta própria, sendo patrão de mim mesmo”, afirma.

Ele conta que sustenta a casa própria, seu carro e seus dois filhos com o dinheiro que ganha de segunda a sábado no Mercado, vendendo algo que tanto gosta: música. “Tenho orgulho de trabalhar nesse ramo e ainda em São Brás, mas fico triste pelas condições do prédio”, admite.

ALERTA

A preocupação pela estrutura do Mercado também é algo que aflige Rosana. “Às vezes a gente desanima. Dá muita energia trabalhar em um patrimônio histórico desses, tão cobiçado, mas é triste o estado que ele está, precisa ser revitalizado. A gente luta para ser preservado. Não somos contra nenhum projeto, mas queremos ser incluídos”, ressalta.

A vendedora de calçados Maria Lelite, 58, que também trabalha dentro do complexo, diz que tem orgulho de viver da feira, mas que ultimamente isso tem sido cada vez mais difícil. “É daqui que tiro meu pão de cada dia, mas tem muito o que melhorar, com certeza. Antes o movimento aqui era muito bom, mas tem caído. As pessoas têm medo de entrar no mercado”, expõe.


(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

Vendedor diz que prefeito não aparece há seis anos

Do lado de fora do complexo, nos setores adjacentes do Mercado, como o hortifrutigranjeiro e os restaurantes, os comerciantes também lamentam as condições do local, mas fazem questão de mostrar o amor pelo ofício. “Está no meu sangue. Minha mãe era feirante e eu vivo na feira desde os dez anos. Esse ponto aqui tenho há mais de 30”, afirma Regina Café, 62, que trabalha em um box de café da manhã na seção de refeições do Mercado de São Brás.

Raimundo Ferreira, 54, que vende frutas, legumes e cereais também exalta felicidade. “Ah, ser feirante é um trabalho muito divertido. Você acorda cedo e dorme tarde, se mantém útil e produtivo. Sem falar que conhece gente de tudo que é lugar”, compartilha. Mas quando o assunto é infraestrutura, a coisa muda de figura. “Estamos abandonados pelo poder público. Faz seis anos que o prefeito não aparece aqui”, dispara.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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