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Governo Federal atende apelo de Jader e retoma Plano Marajó

As políticas públicas consideradas de urgência para a melhoria da qualidade de vida da população do Marajó estão detalhadas no Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Arquipélago do Marajó. Inserido no Plano Plurianual (PPA) 2008-2012, se tiv

As políticas públicas consideradas de urgência para a melhoria da qualidade de vida da população do Marajó estão detalhadas no Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Arquipélago do Marajó.

Inserido no Plano Plurianual (PPA) 2008-2012, se tivesse sido seguido o cronograma inicial, o Plano já teria investido cerca de R$ 2 bilhões na região. Envolvido apenas em promessas, planejamentos e muita burocracia, a proposta, lançada em 2006 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não avançou. Em 2008 o plano foi modificado e reduzidos os valores de investimentos para R$ 23 milhões.

Determinado a fazer com que as ações inseridas em um dos maiores projetos já desenvolvidos pela região não sejam esquecidas e apagadas da memória da população marajoara, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) tem pressionado o Governo Federal nos últimos 10 anos para que o Estado Brasileiro assuma sua dívida histórica com a região.

COMITÊ

Após inúmeros questionamentos, inclusive com a possibilidade de levar esse tema a outras esferas do poder constituído, o senador finalmente recebeu uma resposta positiva da Casa Civil da Presidência da República. O ministro Eliseu Padilha encaminhou relatório completo sobre as atividades já desenvolvidas e as que estão por desenvolver, comunicando ao senador Jader Barbalho que a Casa Civil restabeleceu o acompanhamento do plano dentro da esfera do governo federal. O ministro Padilha também comunicou ao senador paraense que definiu um novo processo de trabalho “que melhore a coordenação das ações previstas no referido Plano”.

A Casa Civil da Presidência da República também informou a Jader que fará realizar uma reunião com os representantes do Comitê Gestor do Plano e os órgãos federais envolvidos no processo de implantação das ações. “Informamos que para esta reunião será convidado também o Excelentíssimo Senhor Senador Jader Barbalho”, concluiu o documento encaminhado ao parlamentar paraense no início dessa semana.

“Se a região Norte é marcada por desigualdades, o Marajó é a síntese cruel dessa realidade onde os direitos humanos são negados a mais de meio milhão de brasileiros que habitam o arquipélago”, sentenciou o senador Jader ao tomar conhecimento da decisão de que o governo federal vai retomar as ações do Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Arquipélago do Marajó.

Arquipélago precisa de ações estratégicas

O senador Jader Barbalho chama a atenção para o estado geral de penúria em que historicamente tem vivido o Marajó. Prova disso, conforme frisou, são os indicadores sociais e econômicos verdadeiramente aviltantes que fazem do Marajó uma das regiões mais pobres do Brasil.

Para Jader, a grandeza aparente do Plano Marajó contrasta violentamente com a sua falta absoluta de resultados. “A inatividade e a falta de interesse em solucionar as graves questões que afetam a população dão provas de que somente com muita luta do povo paraense iremos conseguir inserir cidadania à vida cotidiana do povo marajoara”, lembrou.

Para o senador, o Governo Federal está pensando muito pequeno com relação ao futuro do Marajó. “O arquipélago precisa de ações mais estratégicas, que mudem seu destino extrativista. Sem energia, por exemplo, todas as atividades econômicas lá desenvolvidas terão pouco valor agregado”. E acrescentou: “Energia, hidrovias, aeroportos, infraestrutura para o turismo sustentável e investimentos maciços em saúde e educação foram as principais reivindicações da sociedade civil organizada constante do Plano de 2008”, disse Jader, lembrando que o que foi realizado nesses últimos 10 anos refere-se apenas às ações extrativistas.

(Luiza Mello/Diário do Pará)

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