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Energia solar pode diminuir até 90% da conta de luz

Em 7 meses, a conta de energia elétrica da residência do gerente de projetos Paulo Kanasiro, de 52 anos, reduziu em 90%. O morador no bairro da Sacramenta, em Belém, investiu, no início deste ano, R$ 14 mil no sistema solar fotovoltaico, método que transf

Em 7 meses, a conta de energia elétrica da residência do gerente de projetos Paulo Kanasiro, de 52 anos, reduziu em 90%. O morador no bairro da Sacramenta, em Belém, investiu, no início deste ano, R$ 14 mil no sistema solar fotovoltaico, método que transforma a energia produzida pela luz do sol em uma limpa, renovável e sustentável.

“Somos 7 pessoas em casa. Usamos principalmente máquina de lavar roupas e dois ar-condicionado. Antes, eu pagava R$ 400. Agora a conta baixou para R$ 50”, afirma. “Em menos de 4 anos recupero o dinheiro que investi”, aposta Paulo. A estratégia que o gerente de projetos utilizou se expande cada vez mais no Estado do Pará, principalmente diante dos inúmeros reajustes na tarifa. O mais recente foi anunciado na última terça-feira (7), com um aumento de 11,75% que atinge todos os 144 municípios do Estado, conforme autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dada à concessionária Celpa.

FUNCIONAMENTO

O sistema de energia solar fotovoltaica é a geração que acontece nas células fotovoltaicas, feitas de silício ou outro material semicondutor. Essas células são agrupadas em painéis fotovoltaicos (placas que ficam em telhados). Quando bate o sol, uma reação química produz energia elétrica. Em seguida, a corrente contínua gerada nos painéis é transformada em corrente alternada por um equipamento chamado inversor.

A partir daí, a energia está pronta para ser usada em residências, indústria ou comércio. À noite ou em dias nublados, a energia da concessionária é utilizada pelo consumidor. Se gerar mais do que consome, esse excedente entra na rede de distribuição e o consumidor ganha crédito para ser usado em até 60 meses. “Para o sistema funcionar, não é preciso necessariamente do sol, basta ter luz”, afirma Euclides Neto, engenheiro eletricista. “E, geralmente, a energia produzida durante o dia não é totalmente utilizada. Ela fica armazenada e é consumida durante a noite”, acrescenta o especialista.

A energia pode ser gerada em um local e ser utilizados os créditos em outros endereços, desde que a geração e o consumo estejam na área da mesma distribuidora. Também é possível compartilhar a planta solar entre vários consumidores, ganhando escala ao compartilhar também os custos do projeto.

Banco oferece linhas de crédito para implantação

Algumas instituições financeiras já oferecem linhas de crédito específico para implantação do sistema. Uma delas é ofertada pelo Banco da Amazônia. Misael Moreno, gerente executivo de Pessoas Físicas do Banco, explica que o projeto feito pela equipe especializada contratada pelo consumidor é enviado à concessionária de energia elétrica, em seguida, apresentado ao banco que analisará o projeto.

Atualmente, o Banco da Amazônia beneficia pessoa jurídica e produtores rurais. A partir do próximo mês, qualquer pessoa física residencial também poderá ter acesso à linha de crédito. E, para conseguir, basta ser correntista e disponibilizar margem para o financiamento.

Entre as vantagens de apostar nas linhas de crédito, é a possibilidade de parcelar, em até 3 anos para pessoa jurídica e até 2 para pessoa física. Os juros giram em torno de 4,70% ao ano e o início de pagamento é após 6 meses. “Há o respeito ao bolso do consumidor e ao meio ambiente, usando um recurso abundante e natural”, comenta Misael Moreno, gerente executivo de Pessoas Físicas do Banco da Amazônia.


(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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