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Estado tem média de 37 veículos roubados por dia

Na noite do último domingo (5), Cleodomar Borges da Silva, 37 anos, foi passear com a esposa, num Shopping Center da avenida Augusto Montenegro, em Belém. Ele estacionou sua motocicleta ao lado do estabelecimento, presa em uma corrente. Mesmo com o cuidad

Na noite do último domingo (5), Cleodomar Borges da Silva, 37 anos, foi passear com a esposa, num Shopping Center da avenida Augusto Montenegro, em Belém. Ele estacionou sua motocicleta ao lado do estabelecimento, presa em uma corrente. Mesmo com o cuidado, seu veículo foi roubado do local. “Trabalho como mototaxista. Não tenho outro emprego. Não sei o que fazer” diz, desesperado. Cleodormar procurou a delegacia especializada, foi nas seccionais de bairros próximos, mandou fotos à imprensa, mas, uma semana depois, nem notícias da moto.

A saga do mototaxista humaniza aos números do 12º Anuário de Segurança Pública, apresentado esta semana, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que aponta o Pará como líder do ranking de roubos e furtos de veículos na Região Norte do País. Em 2017, foram roubados 13.450 veículos em todo Estado. Ou seja, são registrados 37 crimes desta natureza todos os dias, em média.

No mesmo período de 2016, o número era de 10.755, mostrando um aumento de 2.695 roubos e furtos em apenas um ano, que equivale o salto de quase 10%. O segundo lugar no ranking do Norte do País é o Amazonas, com 8.139 roubos e furtos de veículos, no ano passado.

COMO ACONTECE

Geralmente, a abordagem é feita com um veículo de apoio e, com ao menos, três integrantes. Uma dupla sai armada, rende as vítimas, subtrai os seus pertences e segue no carro roubado. Foi assim, o drama vivido pela estudante Rafaela Aguiar e seu namorado Walter Almeida, ambos 22 anos, no dia 10 de fevereiro deste ano. O casal foi abordado por criminosos no conjunto Catalina, no bairro do Bengui, em Belém.

“Os bandidos estavam em outro carro. Dois saíram, nos renderam com uma arma, pediram os celulares e a carteira e fugiram no automóvel, nos deixando na rua”, lembra Rafaela. Por sorte, o veículo foi encontrado quase três horas após o ocorrido em uma via deserta, no bairro do Tapanã. “Mudamos nossa rotina depois do roubo. Evitamos sair à noite. Temos medo dos carros que se aproximam. Ficou o trauma”, lamenta a jovem.

De acordo com a Polícia civil, a maior parte das ocorrências em Belém é registrada na Pedreira, Marco, Jurunas e Umarizal, no período da noite. “Estes bairros, frequentemente, são visados por serem centrais. Mas, não existem, os locais mais ou menos perigosos, e nem horário mais seguro”, garante o delegado Washington Santos de Oliveira, da delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFVA). Os veículos populares são os mais visados, já que possuem maior facilidade de comercialização do mercado.

Quadrilha era especializada em vender roubos na internet

Os destinos dos roubos são, geralmente, o desmanche, com a revenda para dentro ou fora do Estado, a partir de documentos e placas adulterados, ou o uso dos veículos para facilitar a fuga em outros delitos. A comercialização na internet também tem chamado atenção das autoridades, principalmente, as feitas em sites de vendas diretas.

No dia 31 de julho, 10 presidiários e outras três pessoas foram apresentadas à imprensa, como resultado da operação “Quatro Rodas”, deflagrada pela Polícia Civil. A prisão do 14° integrante da organização criminosa especializada na prática, foi no dia 03 deste mês. A associação fraudava os chassis e placas dos veículos para serem anunciados em sites de compra e venda.

Existem casos, em que o veículo roubado é adulterado e levado para o Detran e sai de lá com um documento ‘verdadeiro’. “O preso encomendava documentos falsos e anunciava a venda como se ele estivesse alienado”, denuncia o delegado. As pessoas que foram detidas na operação Quatro Rodas, estão sendo acusadas dos crimes de roubo, falsificação de documento público, adulteração, porte ilegal de arma de fogo e estelionato.

OCORRÊNCIAS - CUIDADOS

- Nunca reaja à abordagem
- Evite andar sozinho no carro em ruas desertas, com pouca iluminação pública e sem película no carro.
- Mantenha distância de carros e motos suspeitos. Se desconfiar que está sendo seguido, pare próximo de alguma delegacia de polícia ou em locais movimentados.
- Cuidado nos estacionamentos de supermercados e shopping centers. Geralmente os criminosos agem em táxis alugados para despistar a polícia e a vítima.
- Preste atenção na hora que for entrar em casa. Se perceber algum veículo rondando o local, dê uma volta no quarteirão e despiste os criminosos.
- Evite ficar dentro do carro conversando ou mexendo no celular, principalmente à noite.
FONTE: Delegado Washington Santos de Oliveira

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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