Portal da Amazônia continua abandonado, sujo e perigoso

Um dos principais cartões postais de Belém, o Portal da Amazônia está com parte de sua estrutura abandonada pelo poder público municipal. A denúncia é dos moradores, mas facilmente perceptível por qualquer frequentador do local. “É uma pena ver um lugar tão bonito abandonado e sem qualquer manutenção”, diz a moradora da área, Ilzete Braga, 60.

Nas imagens: 1- Os três trapiches da orla são os mais afetados; 2 - O alambrado da quadra enferrujou e rasgou; 3 - O parquinho acumula lama e os brinquedos estão quebrados (Fotos: Maycon Nunes)

Os três trapiches, locais preferidos pelos turistas para apreciar a exuberância da natureza, sãos os mais afetados. No trapiche central, o parapeito está quebrado e com pregos das tábuas sem proteção. O mato alto já invade a área interna da cobertura. Em todos eles as tábuas do piso estão soltas ou quebradas. Até mesmo o teto de um deles já apresenta parte da proteção solta.

Além do abandono, o descaso do local também oferece riscos aos frequentadores. Os buracos nas calçadas estão em toda parte da orla, alguns deles, localizados no acesso aos trapiches, já com formato de cratera de tão grandes. Na calçada há vários pontos com pedras soltas. O parquinho das crianças com brinquedos quebrados e a quadra de esportes com a tela do alambrado rasgada.

Na área do Portal, a insatisfação é geral. “Com o parquinho quebrado e cheio de lama, as mães não trazem as crianças e as vendas caem muito”, reclama a vendedora de pipoca Madalena Oliveira. A moradora Eliane Castro faz caminhadas diariamente no Portal, mas afirma que a família perdeu o gosto de passear na orla. “O portal está feio, é muito sujo e inseguro. Antes, vínhamos passear, mas agora preferimos não correr esse risco, não vale à pena”, lamenta.

Em nota, a Secretaria de Urbanismo (Seurb) informa que está em andamento o processo licitatório para contratação dos serviços de reparo no calçamento e manutenção no Portal.

Sobre a limpeza, a Secretaria de Saneamento (Sesan) garante que faz varrição de toda a extensão do local e que as ações de roçagem e desobstrução de bueiros são feitas regularmente.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)