Motociclistas invadem passarela em Belém

Como se já não bastassem as mudanças de sentido e desvios criados na avenida Independência, próximo à avenida Augusto Montenegro, devido às obras do viaduto Engenheiro José Augusto Affonso, moradores do entorno reclamam também da dificuldade de usar uma das poucas passarelas existentes no perímetro para sua travessia.

A passarela em questão fica localizada na própria Independência (chamada de Láercio Barbalho nesse trecho), na altura da passagem WE-3, a poucos metros do cruzamento da via com a Augusto Montenegro, no bairro da Cabanagem, em Belém.

DESRESPEITO

O problema relatado pela população é o constante fluxo de motociclistas que utilizam a passagem de forma irregular para ter acesso à outra pista. “Isso é muito perigoso. E o pior, eles nem sequer dão preferência para o pedestre. A gente tem de parar, senão é atropelado”, denuncia a personal trainer Suelen Souza, 31, que trabalha no bairro e precisa fazer a travessia diariamente.

Para ela, o problema é não apenas falta de conhecimento sobre as leis de trânsito por parte dos motoqueiros, mas também falta de educação. “E quando eles saem do outro lado, eles ainda invadem a frente dos outros carros. Já vi vários quase acidentes”, conta.

Segundo Souza, não há qualquer fiscalização dos órgãos públicos no perímetro e na vez em que ela tentou chamar a atenção de um agente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) sobre a situação, foi ignorada. “Fui falar com um agente que fica ali no viaduto uma vez e ele não deu atenção. Disse que não era trabalho dele”, relata.

As queixas da moradora Joyce Aves também não são diferentes. Ela conta que as vezes passam de três a quatro motos, uma atrás da outra, e que os pedestres precisam ficar aguardando até ficar seguro para atravessar. “Já vi baterem uma senhora há alguns meses. É muita falta de educação”, critica.

Para ela, a disposição do trânsito no perímetro e a falta de fiscalização são os principais responsáveis pela continuidade da irregularidade. Mototaxistas, por exemplo, são um dos principais infratores a utilizar a passarela.

O QUE DIZ A PREFEITURA DE BELÉM

Em nota, a Prefeitura de Belém informou que a Semob mantém dois agentes de trânsito e apoiadores operacionais no cruzamento das avenidas Augusto Montenegro com a Laércio Barbalho, nos horários de pico, além de reforçar a fiscalização com rondas regulares em viaturas nas ruas do entorno.

PUNIÇÃO

R$ 293,47 - É o valor da multa aplicada a quem executar operação de retorno em locais proibidos. A infração gravíssima também custa sete pontos na CNH.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)