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Assistência Social em Belém tem fila longa, no sol e em pé

Uma fila extensa, sem lugar para sentar e diante de uma forte incidência solar. Foi dessa forma que dezenas de cidadãos aguardaram, na manhã de ontem, por um atendimento no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Jurunas, na rua dos Mundurucu

Uma fila extensa, sem lugar para sentar e diante de uma forte incidência solar. Foi dessa forma que dezenas de cidadãos aguardaram, na manhã de ontem, por um atendimento no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Jurunas, na rua dos Mundurucus, em Belém. Em uma fila única que se formava sob a calçada, pessoas com crianças de colo, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção aguardavam sem ter o direito de prioridade garantido.

Com um bebê de apenas sete meses no colo, a dona de casa Gabrielli Jeanny, 24 anos, aguardava por atendimento na única fila disponível. Ela chegou ao local ainda às 7h para fazer o cadastro para ter acesso ao programa Bolsa Família. Já por volta de 9h30, porém, ela ainda aguardava longe da entrada. “Estou muito cansada. A minha coluna já está doendo de carregar ele”, reclamava. “Quando eu cheguei, o que me avisaram é que era uma fila só para todo mundo”, explica.

A situação se repetia até o final da fila. Sandra da Costa, 25 anos, também aguardava com a filha de 5 meses no colo. Ela também precisava emitir o Número de Identificação Social (NIS) para ter acesso ao Bolsa Família. “Eu cheguei 9h, porque não imaginava que a fila ia estar tão grande”.

O aposentado Jonathan da Costa, 76 anos, se apoiava em uma bengala para suportar o cansaço de ficar aguardando em pé. “Quando eu vim me informar, não estava assim cheio”, lembra. “Eu quero dar entrada no Minha Casa, Minha Vida”, justificava.

Leia também: Pará deve ter mais de 600 mil idosos em 30 anos

Ainda ontem, a dona de casa Maria Cristina, 50 anos, foi ao local apenas para obter uma informação. Mas a ida já foi suficiente para ela se assustar com o tamanho da fila que, provavelmente, ela terá que enfrentar no futuro. “Já me deu medo. A minha preocupação é que eu dependo de muleta, né?”, considerou. “Eu vou ter que vir 6h para ver se eu sou atendida logo”.


Gabrielly Jeanny reclamava de dores nas costas pelo longo tempo de espera na fila com o filho (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

Assim como a dona de casa, a professora Inacely Costa, 51 anos, também esteve no local antes da última segunda-feira. Ela conta que, na quinta-feira da semana passada, o movimento era tranquilo. “Na semana passada eles me informaram que, para fazer o recadastramento do NIS, eu teria que vir hoje (ontem), que é o dia do agendamento”, explicou. “Eles marcam um dia para fazer o agendamento do atendimento a cada dois meses. Depois de hoje, só vai ter esse agendamento de novo daqui a três meses”.

Indignada com a situação e, sobretudo, com a condição das pessoas que teriam direito a prioridade, Inacely disse não entender o motivo do atendimento não ser feito de forma fracionada ao longo do mês. “Quando eu vim na semana passada, tinham oito pessoas aqui. Por que não atendem diariamente?”, questiona.

OUTRO LADO

Segundo informações obtidas na unidade, o agendamento para o atendimento dos serviços do Cras é feito a cada dois meses. Após esse agendamento – para o qual aguardavam as pessoas na fila, ontem – as pessoas são orientadas a voltar na data exata para, enfim, realizar o atendimento completo.

JUSTIFICATIVAS

Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), afirma que os 12 Cras possuem uma agenda de atendimento semanal e que todas as famílias que buscam atendimento são acolhidas e orientadas sobre o funcionamento, que ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

A Funpapa diz ainda que recebe diariamente uma demanda em torno de 100 pessoas no Cras Jurunas e que todos recebem informações e encaminhamentos conforme a necessidade, e, caso não seja possível o atendimento no mesmo dia é feito o agendamento para retorno. Sobre as prioridades, a Funpapa informa que garante o atendimento ao público prioritário conforme determina a lei.

O QUE DIZ A LEI

A lei federal de número 10.048, de 8 de novembro de 2000, estabelece que "as pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário".

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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