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Conversa com o especialista dos fios: Ricardo dos Anjos

Dono de uma simpatia singular, o beauty artist Ricardo dos Anjos veio a Belém para ministrarumworkshopsobredicas e cuidados para os cabelos das paraenses. O encontro ocorreu na última quarta-feira, 1° de agosto, no Parque Shopping e, antes, o expert brind

Dono de uma simpatia singular, o beauty artist Ricardo dos Anjos veio a Belém para ministrarumworkshopsobredicas e cuidados para os cabelos das paraenses. O encontro ocorreu na última quarta-feira, 1° de agosto, no Parque Shopping e, antes, o expert brindou influenciadoras digitais e profissionais de salões de beleza com um bate-papo superdescontraído.

O evento teve duração de duas horas e não faltaram dúvidas sobre como ter um cabelo incrível. Uma prova de que até quem entende do assunto está sempre em buscadenovas informações. Ricardo dos Anjos se tornou famoso após atuar como diretor de beleza do Minas Trend Preview/Fashion Business, um dos maiores eventos de negócios de moda da América Latina.

Além disso, Ricardo foi um dos jurados do programa de TV “Por Um Fio”, apresentado pela atriz Juliana Paes, no ano de 2010. Atualmente, acaba de finalizar as gravações da quarta temporada do Programa “SOS Salvem o Salão”, exibidopelo canal GNT. O beauty artist iniciou sua carreira aos 15 anos de idade em um salão de cabeleireiros em São Paulo, cidade onde hoje possui seu próprio empreendimento. Seus primeiros passos no mercado de moda foram em 1994, na extinta revista “Desfile”.

Naquele ano ele também iniciou na TV. De lá até agora, acumulou diversas conquistas no mundo da beleza e se tornou conhecido para além dos salões. Ter um cabelo bonito requer cuidados essenciais, que vão desde a raiz dos fios até as pontas. O assunto é quase inesgotável, por isso, o especialista dos fios, como prefere ser nomeado Ricardo dos Anjos, listou diversasdicasde como conseguir esse efeito mesmo morando em Belém com seu clima quente e úmido. Acompanhe na entrevista:

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Quais são os cuidados iniciais para ter aquele cabelo das celebridades?

Com o clima quente e úmido daqui, o ideal é sempre que você lavar a cabeça, procurar secar esse cabelo. Não dormir de cabelo molhado e não deixar resíduos de produtos são dicas fundamentais, porque a gente sempre tem um pensamento de que se deixar o produto no cabelo, de cremeou de condicionador, isso fará um efeito incrível, mas num clima mais quente e úmido isso vai acabar atrapalhando a saúde desse cabelo e pode gerar no couro cabeludo caspa, seborreia, o que não vai ser legal para a saúde do fio. Se você quer ter um fio bonito, tem que tratar o couro cabeludo.

Aqui é muito comum lavar o cabelo várias vezes por semana ou mesmo por dia. O que você acha disso? Como proteger esse cabelo?

O couro cabeludo demora cerca de 72 horas para secar. Se você tem um excesso de água nele, o ideal é que pelo menos no final do dia você seque esse cabelo. Então, tudo bem que durante o dia você o lave e saia de cabelo molhado, que aqui é calor e isso pode ajudar a refrescar. Mas na última lavagem do dia é preciso que você seque o couro cabeludo. Nem é necessário lavar por completo o cabelo e nem dá para fazer duas ou três escovas no final do dia, mas secar o couro cabelo no fim do dia é imprescindível para dormir com ele seco e, assim, preservar a saúde do fio.

Uma das características mais relatadas entre as mulheres de Belém é que os fios geralmente são muito oleosos, em especial no couro cabeludo. Isso é resultado do excesso de lavagem?

Também, mas tem uma contribuição enorme do clima. Outra questão é que acontece muito de as mulheres terem o hábito de fazer selagem, progressiva e em todos esses processos que você sela o fio, ele tem menos força pra absorver a oleosidade natural que o couro cabeludo produz. Então, vai sobrar uma oleosidade em excesso. Essa mulher tem de fazer tratamento com xampu adstringente para equilibrar o PH da raiz desse cabelo e ajudar a quebrar essa oleosidadenatural.

Você iniciou a carreira aos 15 anosde idade. Por que tão novo despertou essa paixão?

Não foi desejo, amor. Foi por necessidade. Meus pais se separaram quando eu tinha dez anos de idade. Eu tentei trabalhar com algumas coisas, mas sempre fui criado pela minha avó numa casa cheia de mulheres e na época era comum que elas aprendessem coisas “ditas de mulher”, então era preciso que se aprendesse a cozinhar, costurar, cuidar de cabelo e todas as mulheres eram cabeleireiras dentro de casa, uma fazia o cabeloda outra. Ainda era época do liso, então todo mundo queria ser lisa e não tinham grandes produtos químicos, mas já era uma ditadura que existia 31 anos atrás. Minha avó, quando percebeu que eu estava tentando muito achar trabalho, percebeu que eu já cortava o cabelo da boneca, fazia trança no pelo da cachorra, estava sempre brincando com o cabelo das minhas tias. Então, ela falou: “Vai trabalhar com isso”.

Foi então que descobriu sua vocação? Como foi esse início?

Eu nunca tinha olhado para esse lado, que era um dom, porque era uma coisa que eu fazia naturalmente, daí comecei a trabalhar como auxiliar, que só varria chão e lavava a cabeça, mas eu comecei a me interessar de verdade. Foi quando comecei a perceber que aquilo poderia ser minha profissão. Fui fazendo curso com o dinheiro que ganhava, fui crescendo dentro do salão e não saí mais. Então, desde os meus 15 anos, oficialmente eutrabalho com beleza.

Olhando para essa sua trajetória de vida, como é hoje ter contato com celebridades. De alguma forma isso mudou a sua forma de pensar?

Sinceramente, para mim cuidar de uma atriz de TV ou da tia do café é a mesma coisa porque é uma mulher em busca de bom trato, que quer ficar bonita e quer uma pessoa que tenha carinho e cuidado com a beleza dela. Eu não faço uma distinção se eu estou com uma pessoa que é muito famosa ou com alguma que ninguém conhece.

No meu salão, tenho cliente que chega a trabalhar o mês inteiro para juntar o dinheiro para cortar o cabelo comigo. Já houve vezes de alguém bater à porta e falar “ai, que pena, não posso cortar o meu cabelo aqui”. E logo em seguida eu falar que sim, pode entrar, paga o quanto puder... Na verdade, eu fico feliz em exercer minha profissão, que é o que amo e escolhipara fazer. Não me importo se a pessoa é famosa e influente ou se é um simplesmortal como eu.

Hoje você está participando de um programa de TV exibido pelo GNT. Como está sendo a experiência?

A nossa quarta temporada do “SOS Salvem o Salão” terminou quase no início de julho. A gente provavelmente gravará uma próxima temporada lá por volta de outubro ou novembro, se Deus quiser. É um programa que eu sempre gostei de fazer, porque tem um fundo social, embora o GNT não goste muito desse título, mas a gente tem, sim, essa característica. A gente vai ajudar a pessoa a resolver o problema dela. Às vezes o cara vendeu o carro ou a casa para construir o empreendimento dele. Então, ajudar a fazer aquilo andar e dar certo para mim não tem preço, é muito gratificante, me toca, porque penso que o brasileiro é um empreendedor por natureza, mas também é metido à bestapornatureza (risos).

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Por que você diz isso? O que é preciso para manter umnegóciopróspero?

É que o brasileiro vai deixar de estudar alguma coisa porque acha que já sabe fazer. E no caso de empreendimento, principalmente salão de beleza, tem um jeito de fazer dar certo. A gente tem o Sebrae, que é uma das instituições mais maravilhosas do Brasil hoje, mas as pessoas ainda acham que o Sebrae é um hospital e não uma escola. O pessoal só vai procurar o Sebrae quando está morrendo, acha que é para ir lá para não morrer.

Na primeira edição do programa de TV “Por um Fio”, você fez parte da equipe de jurados. Naquela edição havia um paraense que quase chegou na final. Você lembra dele?

O André? Eu amo o André Ramos, amor. Ele é a pessoa mais maravilhosa que eu conheci. André fez com que eu descobrisse Belém, um lugar do qual eu só ouvia falar e o André falou tão bem de Belém que eu comecei a me interessar. Belém é uma das cidades que eu mais amo no Brasil, é um dos lugares que eu mais voltei espontaneamente. Já vim para o Círio umas três vezes, sempre que posso passear e tenho que escolher, escolho Belém.

Por que aqui, se você pode ir para onde quiser?

Eu não sei, acho que é o povo daqui, é um lugar que eu me sinto à vontade, onde posso sair como saí hoje [quarta] de manhã, de chinelos, bermuda e camiseta, com a carteira no bolso sem me preocupar. Eu sei que onde quer que eu pare, eu vou ser bem atendido. As pessoas falam que Belém é perigosa, e eu digo “o mundo é perigoso, amor”. Posso estar em Nova Iorque e posso ser assaltado e ser espancado. Em Belém eu falo a mesma língua. Eu adoro! Levantei cedo e fui tomar café no Ver-o-Peso. Gosto de andar a pé, gosto de comprar tecido na Casa ParisN’América... Devo ternascido aqui em outra encarnação. Para mim, vir a Belém foi um presente. Agora pode me mandar até para o inferno, que eu vim a Belém e estou feliz (risos)

Então, aqui é o céu?

É, amiga, para mim aqui é o céu!

(WAL SARGES/DIÁRIO DO PARÁ)

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