Procura pelo presente dos pais ainda é tímida em Belém

Artigos e peças masculinas já ocupam as vitrines de lojas de shoppings e do centro comercial de Belém. Decoração e faixas com descontos em pagamento à vista e parcelamentos sem juros, no cartão de crédito, também são estratégias que lojistas apostam para atrair consumidores na compra de presente do Dia dos Pais. No entanto, a menos de duas semanas para a comemoração, o movimento de consumidores é considerado fraco. A categoria aposta em um crescimento tímido nas vendas deste ano.

“Cronologicamente, temos dificuldade de iniciar o mês de agosto com boas vendas, por ser um período pós-férias, quando as pessoas já estão com o orçamento comprometido e também por ser retorno às aulas. Por isso, a nossa expectativa é num crescimento de 2% a 3%, em comparação ao ano passado”, explica Joy Colares, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindilojas).

DATA LUCRATIVA

Segundo Colares, o Dia dos Pais é a quarta data comemorativa que mais gera lucro para a categoria. Os lojistas estão abastecidos para atender a demanda, principalmente por artigos de couro – sapato, cinto, chinelo –, eletrônicos – celular e som –, e confecções – camisa e bermuda.

O presidente do Sindilojas esclarece que os empresários estão autorizados a estender o funcionamento dos estabelecimentos, nesses dias que antecedem a data especial, mas não será obrigatório, cabe ao lojista definir o próprio período, que pode ser até 23h, em shoppings.

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

O gerente de uma loja de confecções popular localizada na Rua João Alfredo, Augusto Levy, antecipa que não estenderá o horário de funcionamento da loja, mantido de 8h às 18h. Embora a procura para o presente dos pais ainda esteja tímido, ele acredita que o movimento aquecerá na próxima semana, quando o pagamento da maioria dos trabalhadores já deverá ter saído.

“Percebemos que muitos ainda estão na pesquisa, porque as férias acabaram esta semana. Mas apostamos no básico: camisa e bermuda, peças a partir de R$ 10 e para todos os públicos. Além dos descontos à vista e parcelamento sem juros no cartão”, completa.

Mas Edilma Sousa, de 31 anos, preferiu a tranquilidade nas lojas e antecipou a compra do presente para o marido, ainda levou as filhas, de 9 e 6 anos, para escolher, em um shopping.

Edilma se programou para gastar até R$ 100 e já tem ideia do que o marido gostaria de ganhar. “Ele curte camisetas com estampas temáticas e esportivas. Cada uma das filhas vai escolher o presente”. Para a universitária, esse momento é importante. “Tanto eu quanto ele tivemos outra criação, mas ensinamos de forma diferente. Fazemos questão de incentivar, para que elas valorizarem isso desde cedo”, cita.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)