Setor de Turismo segue cortando empregos no Pará

Mais de mil postos de trabalho foram fechados no Pará em 12 meses, no setor de Turismo. Segundo o estudo Empregabilidade no Turismo, produzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os serviços continuaram amargando prejuízos, uma vez que se manteve a tendência do desemprego. De dezembro de 2017 a junho deste ano, as demissões no setor atingiram 726 pessoas no Estado, reflexo do tamanho do ajuste de diminuição de custos das empresas.

Em todo o País, o resultado entre admissões/demissões no 1º semestre atingiu -11.689, menor do que o verificado no mesmo período do ano passado (-13.061). Em 2016, a economia do turismo brasileiro gerou 37.392 novos postos, apesar da recessão.

“No curto prazo, a melhora do setor vai depender do otimismo dos consumidores quanto às perspectivas do mercado de trabalho, à estabilidade dos preços e à folga para gastos novos nos orçamentos. Também vai depender da capacidade de a economia voltar a crescer”, projeta o economista da CNC Antonio Everton. “Enquanto isso não acontece, o emprego no turismo continuará sofrendo as oscilações da conjuntura econômica, retrato do desempenho das empresas do setor”, completa.

Em junho, poucos Estados registraram superávit na conta do emprego no Turismo: os vizinhos Amazonas (152) e Maranhão (53), além de Mato Grosso (33) e Goiás (67). O Ceará ficou em primeiro (479). Ajudam a explicar o clima, as condições naturais e os efeitos benéficos do investimento, tanto privado quanto público. Já o Pará, apesar de ter a seu favor excelentes atrativos para se tornar uma potência turística, fechou 316 postos no período.

UM ANO

De janeiro a junho de 2018, apesar do resultado negativo, o emprego foi puxado pela movimentação do mercado de trabalho de São Paulo (+7.656). Em contraposição, o Rio de Janeiro foi o estado que mais cortou oportunidades de trabalho (-6.968). Mesmo fenômeno se repetiu em 12 meses. São Paulo foi o local onde o emprego mais avançou, enquanto as empresas turísticas localizadas no Rio de Janeiro foram as mais afetadas pela queda das vendas. Em um ano, foram 1.085 empregos perdidos no Estado.

(Diário do Pará)