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Conheça os benefícios da ozonioterapia

Depois de sofrer um grave acidente automobilístico no ano de 1999, a autônoma Ruth Rocie Araújo, hoje com 49 anos, teve como sequela uma lesão na coluna cervical que desencadeou um quadro de dores crônicas, sobretudo na cabeça, pescoço e braços. Para tent

Depois de sofrer um grave acidente automobilístico no ano de 1999, a autônoma Ruth Rocie Araújo, hoje com 49 anos, teve como sequela uma lesão na coluna cervical que desencadeou um quadro de dores crônicas, sobretudo na cabeça, pescoço e braços. Para tentar amenizar a condição, por indicação de neurocirurgiões, ela passou por quatro cirurgias, sendo duas de fixação das vértebras (artrodese) e outras duas nos punhos. Porém, as dores voltavam períodos após a realização dos procedimentos e Ruth acabou recebendo a terceira indicação cirúrgica da coluna cervical, antes de conhecer o tratamento terapêutico conhecido como ozonioterapia.

As dores que ela mesma considera como insuportáveis a impediam de ter autonomia para levar uma vida normal. Com isso, ela se viu obrigada a parar de trabalhar e mergulhou em um sério quadro de depressão. “Em 2008 eu paralisei. Não movia mais nada. Sentia câimbras o tempo todo. Até para tirar o braço de um lugar, eu precisava de ajuda. Foi então que fiz a primeira artrodese. Foi preciso colocar um pino, uma placa e fixar com parafuso”, detalha ela sobre a cirurgia na região cervical, do pescoço.

Devido a persistência do problema, em 2014, Ruth foi submetida a uma nova artrodese e no ano passado ela ouviu o que mais temia. “Fui novamente em um neurocirurgião e ouvi assim: ‘você vai ter que aprender a conviver com isso’. Eu pirei porque, para mim, essa questão da limitação é muito difícil. A sensação é como se corresse um líquido ardido em toda minha cabeça que se estende para meus braços”, recorda.

Ruth chegou a procurar a opinião médica de outros especialistas em Brasília, no Distrito Federal, e retornou com a terceira indicação cirúrgica, que ela não chegou a se submeter. Ao chegar à capital, sem expectativa e crença de que um dia conseguiria melhorar o quadro, em abril deste ano, por indicação da irmã que se tratava com fisioterapia, ela conheceu em Belém o especialista em ozonioterapia Diogo Bonifácio, fisioterapeuta, membro e conselheiro da Associação Brasileira de Ozonioterapia – ABOZ e membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor- SBED.

Ruth Rocie recorreu à ozonioterapia e diz ter recuperado a sua qualidade de vida (Foto: Wagner Santana)

A OZONIOTERAPIA

Ela fez a primeira consulta e foi pesquisar sobre a ozonioterapia, também conhecida como ozônio medicinal. Logo em seguida deu início ao tratamento que teve duração de um mês. Durante esse período, Ruth passou por diversos tipos de aplicações dentro da ozonioterapia. “Tratei primeiro com ozonioterapia e hoje já estou na fisioterapia, que antes eu não conseguia fazer. Depois de um mês tratando, estou sem dor. Eu não estaria aqui se não fosse real, pelo o que já passei. Voltei a ter qualidade de vida”, atesta.

O especialista Diogo Bonifácio explica que a ozonioterapia consiste em um tratamento terapêutico complementar para diversos tipos de patologias, como problemas circulatórios, doenças virais, como hepatite e herpes, feridas de origem vascular, arterial ou venosas, hérnias de disco, protrusão discal e dores lombares, dores articulares decorrentes de inflamações crônicas, inflamações intestinais crônicas, no tratamento do câncer, Aids, autismo (atua na melhora do sistema cognitivo), dentre outros.

Ele explica que a ozonioterapia é uma terapia natural e está embasada pela aplicação de um gás que é composto 95% de oxigênio e 5% de ozônio. Esse gás é obtido através de um estímulo elétrico feito por um equipamento próprio. “A sua aplicação obedece padrões dentro de uma janela terapêutica de dosagem e concentração, o que lhe confere máxima segurança e um risco mínimo de perigo”, observa. “À título de comparação, uma aspirina tem um risco de 1,4%, enquanto o risco da ozonioterapia é de 0,0007%, segundo a plataforma de pesquisa médica americana PubMed”, acrescenta.

APLICAÇÃO

Bonifácio ressalta que essa mistura gasosa pode ser aplicada de várias formas: misturado à água – a hidrozonioterapia e aplicado diretamente na pele (em caso de feridas, queimaduras, dermatites), assim como misturado ao óleo de girassol e aplicado também topicamente por meio de loções; também por meio de seringas com aplicações subcutâneas (na pele), intrarticular (nas articulações – joelhos, ombros) e outros.

“O ozônio tem três funções: oxigenar qualquer tecido; ação anti-inflamatória e como um potente bactericida, fungicida e virucida (mata vírus)”, diz o especialista, acrescentando que diferente da medicina clássica, a ozonioterapia não trata sintomas, mas o organismo como um todo. Ou seja, a principal função da ozonioterapia é recuperar a saúde de forma natural no organismo, melhorando desde o seu sistema intra e extra-celular. É semelhante com a homeopatia e acupuntura, que trata do individuo e não da doença, segundo o especialista.

Técnica pode ser utilizada por fisioterapeutas e odontólogos procedimento

No último dia 10, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução nº 2.181/2018, estabelecendo a ozonioterapia “como procedimento experimental, só podendo ser utilizada em experimentação clínica dentro dos protocolos do sistema CEP/Conep”. A entidade já havia publicado dois pareceres com o mesmo entendimento anteriormente. De acordo com a publicação do CFM, a decisão partiu de deliberações após “análise de uma série de mais de 26 mil estudos e trabalhos científicos sobre o tema”.

Já no último dia 17, o CFM publicou em seu site que uma decisão da Justiça Federal do Ceará “confirmou o direito legal do CFM de validar novos procedimentos médicos no Brasil. Com a decisão da Justiça, os médicos permanecem proibidos de prescreverem procedimentos deste tipo fora dos critérios estabelecidos pelo CFM, salvo em caráter experimental e em pesquisas científicas”.

A Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ) segue na defesa da utilização da terapia para o médico, afirmando que, no Brasil, a prática da ozonioterapia já é regulamentada pelos Conselhos de Odontologia (resolução CFO 166/2015) e de Fisioterapia (resolução COFFITO 380/2010). A entidade reiterou que, em março de 2018, o Ministério da Saúde incluiu o procedimento na lista de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) aprovadas para o SUS. Além disso, um projeto que regulamenta a ozonioterapia como “Medicina Complementar no Brasil” já foi aprovado por unanimidade no Senado e está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Conselheiro da ABOZ, Bonifácio ressalta que, embora o CFM tenha proibido a classe médica de utilizar a terapia, não há empecilho para que fisioterapeutas, odontólogos e enfermeiros continuem oferecendo o tratamento, já que a prática é regulamentada pelos conselhos de Fisioterapia, Odontologia e Enfermagem. “Dispor de uma terapia que diminui o tempo de internação, acelera a alta do paciente, a regeneração de feridas e queimaduras, reduz o nível de dor e oferece qualidade de vida é ir na contramão dos interesses da indústria farmacêutica, que sustenta-se da doença”, afirma o fisioterapeuta.

PARA ENTENDER

Tratamento ajudou a curar lesão no quadril

- Amante da corrida de rua, a administradora Karem Abou El Hosn Guedes, 49, iniciou o tratamento com ozonioterapia há um ano para tratar uma lesão no quadril. Ela submeteu-se a aplicações do ozônio terapêutico para ajudar no tratamento medicamentoso convencional e diminuir as dores. Em uma semana, o desconforto com as dores foram sumindo. “Comentei com meu filho e ele disse que todos os atletas usavam, Cristiano Ronaldo e outros. Fiz tratamento subcutâneo nos pontos gatilhos de dor e elas sumiram”.

- No decorrer do tratamento que durou cerca de quatro meses, Karem descobriu que era possível tratar também uma outra patologia que a incomodava bastante: a sinusite. “Já tinha feito uma cirurgia, vivia mal, pegava uma chuva e adoecia. Eu já estava com outra indicação cirúrgica com o otorrino. Comecei a tratar com o ozônio e estou há seis meses sem tomar um remédio”, conta ela, afirmando que o tratamento melhorou ainda o rendimento físico no esporte e aumentou sua imunidade.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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