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Aids, dengue e tuberculose no radar dos idosos paraenses

A sociedade moderna tem buscado um estilo de vida e hábitos mais saudáveis, pois, sem dúvidas, uma das preocupações é envelhecer com saúde e qualidade de vida. No entanto, para atingir esse objetivo, se faz necessário também entender a realidade da popula

A sociedade moderna tem buscado um estilo de vida e hábitos mais saudáveis, pois, sem dúvidas, uma das preocupações é envelhecer com saúde e qualidade de vida. No entanto, para atingir esse objetivo, se faz necessário também entender a realidade da população idosa que vive hoje no Brasil e, com isso, ser possível projetar o futuro.

No Pará, as doenças de maior incidência entre o público idoso (acima de 60 anos) são, respectivamente, dengue, tuberculose, hanseníase, Leishmaniose TegumentarAmericana (LTA), hepatites virais e Aids.

Até 2020, a tendência é de crescimento da Aids, dengue e tuberculose, além da manutenção da hanseníase e diminuição dos índices de malária e febre tifoide. As informações são resultantes de um estudo apresentado na tese de doutorado intitulada “Aspectos Epidemiológicos das Doenças Infecciosas em Idosos no Estado do Pará”, de autoria do médico de família e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), Yuji Magalhães Ikuta.

O objetivo do professor/pesquisador foi justamente identificar quais doenças infecciosas têm afetado a população idosa nos últimos anos, o que possibilitou elaborar uma projeção das doenças, de notificação compulsória – que são obrigatoriamente notificadas pelas autoridades –,que poderão acometer pessoas dessa faixa etária futuramente.

O estudo foi baseado na coleta de dados disponíveis no Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAM) sobre as 14 doenças com maior incidência entre os idosos, entre os anos de 2003 e 2012.

Ikuta explica que, a partir da coleta de dados do Brasil como um todo, foi observada a incidência de cada doença, por ano. Além disso, os dados de doenças infecciosas que mais afetam a população idosa no Brasil foram comparados com os da população idosado Pará.

“Essa projeção demonstra o que já está ocorrendo com os idosos. Então tem grande validade para avaliar quais doenças devem continuar ocorrendo nos próximos anos, o que terá redução, manutenção e aumento”, pontua o professor.

PESQUISA

De acordo com o professor, a escolha do tema se deve ao fato de que existe uma carência a nível mundial, inclusive, de estudos voltados para a distribuição de doenças infecciosas relacionadas ao público idoso.

“Não existem estudos a nível mundial. E, principalmente, porque na nossa região há grande ocorrência (de doenças infecciosas) e o estudo servirá de referência para o mundo todo”, diz ele, ao acrescentar que o estudo serve de alerta para a população e, sobretudo, para gestores que precisam colocarem prática ações de prevenção e combate às doenças.

“A malária e febre tifoide têm tendência de redução. Isso mostra que as medidas de controle já funcionaram. Mas a hanseníase e tuberculose, por exemplo, são de difícil controle e a grande preocupação é por serem doenças graves. Os dados existem e precisamos trabalhar em cimadeles”, reforça.

PANORAMA LOCAL

No Pará, a incidência das doenças infecciosas mostrou-se maior do que no Brasil, com dengue, tuberculose, hanseníase, LTA, hepatites virais e Aids em destaque.

“Sobre a Aids, existem duas situações: pessoas envelhecendo com Aids, que contraírammais jovens, e outra é que o idoso encontra a doença com idade já avançada. Precisamos saber o porquê de estar ocorrendo. Será que não estão usando preservativos? É preciso mudar hábitos para levar a prevenção”, pontua.

Ele ressaltou ainda que a região Norte é uma das áreas mais afetadas pelas patologias e a população de baixa renda segue sendo a mais afetada, em virtude das dificuldades que enfrentam, seja na área de saneamento, acesso à saúde pública e à educação para melhorar a condição do cidadão.

“É preciso não só campanha, mas de medidas contínuas para evitar a transmissão e para tratar os doentes. São doenças que muitos países desenvolvidos já controlaram, mas o Brasil ainda sofre”, observa.

AGRAVAMENTO

Na avaliação do professor, as especificidades do Estado do Pará tendem a agravar esse cenário, como as suas barreiras geográficas, culturais, sociais e econômicas que dificultam ações de prevenção, melhorias nas áreas de saneamento, educação e saúde que precisam ser colocadas em prática.

“O estudo de doutorado fica disponível na bibliotecada UFPA e já foi apresentado para gestores de saúde e futuramente publicado em revista cientifica”, sintetiza Ikuta, afirmando que o estudo está disponível para embasar planejamentos de ações futuras, com o intuito de combater às doenças.

(Pryscilla Soares/Diário do Pará)

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