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Pedestres sofrem para atravessar a BR-316

Apenas no mês de julho deste ano, a rodovia BR-316 já foi palco de 31 acidentes de trânsito no trecho contido dentro da Grande Belém, entre os km 0 e 35. Essas ocorrências já mataram cinco pessoas e feriram outras 27 desde o último dia 1º. Segundo o insp

Apenas no mês de julho deste ano, a rodovia BR-316 já foi palco de 31 acidentes de trânsito no trecho contido dentro da Grande Belém, entre os km 0 e 35. Essas ocorrências já mataram cinco pessoas e feriram outras 27 desde o último dia 1º.

Segundo o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fernando Bosco, as coliões são frequentes no perímetro tanto por má conduta da população como por problemas de infraestrutura. “Primeiro que ali no km 0 tem uma parada de várias linhas de ônibus que não deveria existir”, adianta o servidor. “Muitos ônibus ficam parados e outros tentam entrar, formando uma fila dupla que afunila a rodovia em um ponto de alto fluxo”, explica.

De acordo com o policial, isso deixa os motoristas impacientes, que acabam tentando passar de forma brusca e se chocam com outros veículos. “Mas também existem problemas de conduta, como motoristas que saem da pista à direita do túnel (passagem Rainha dos Corações) e adentram a faixa da esquerda sem se atentar com os veículos que vêm atrás”, acrescenta.

RISCOS

Sobre outros pontos da rodovia, Bosco também ressalta o problema com as travessias irregulares de pedestres. “Ali próximo ao viaduto do Coqueiro, por exemplo, a população sofre muito. A distância entre as passarelas é muito grande, e os pedestres ficam sem opção e acabam arriscando suas vidas para atravessar”, alerta. Ele destaca o caso de uma unidade de uma operadora de plano de saúde que existe no perímetro e que gera um alto fluxo de pessoas que necessitam da travessia. Isso aumenta a necessidade de uma faixa de pedestres na região.

O eletricista Jefferson Peres, 32, por exemplo, trabalha do outro lado da rodovia, próximo ao viaduto, e precisa cruzar a BR-316 todos os dias. “A gente tem de trabalhar, fazer o quê? Temos de nos submeter a isso”, lamenta. Ele, inclusive, garante que já presenciou vários acidentes no trecho, o último na semana passada, quando uma idosa foi atingida por um carro que não parou para que ela atravessasse, e acabou sendo levada para o Hospital Metropolitano.

A atendente Ângela Gusmão, que trabalha no shopping center localizado ali perto, também reclama da falta de sinalização. “Eu prefiro esperar e chegar atrasada do que me arriscar. Já vi muito acidente aqui e não quero ser a próxima”, conta, dizendo que às vezes leva mais de 30 minutos só aguardando o momento certo para fazer a travessia.

Já o lavrador Waldir Amaral, 79, não teve a mesma sorte. Ele conta que foi atingido no último dia 15, ao pedir passagem para cruzar a pista. “Todos os carros nas primeiras faixas pararam, menos um que passava pela última”, narra. O idoso, que já enfrentava problemas de locomoção desde antes do acidente devido a deficiência que possui na perna direita, teve sua situação agravada ao precisar levar seis pontos no pé esquerdo depois de ferir-se na colisão. “Aqui era para ter uma faixa. Agora eu não atravesso mais. Tenho medo”, conta.

O inspetor da PRF alerta a população a atravessar apenas em locais adequados, como faixas e passarelas, e não tentar forças atravessia, sobretudo em trechos de alto fluxo. Aos condutores de veículo, ele pede mais consciência de sua responsabilidade no trânsito. “Não ultrapasse em local proibido, respeite o limite de velocidade da rodovia e não beba quando for dirigir”, comenta Fernando Bosco.

PARA ENTENDER

Operação

- A PRF informa que, duramente todo o ano, reforça a fiscalização no km 0 da BR-316 em horários de pico, de manhã, entre 6h e 9h, e à noite, entre 17h e 20h.
- Além disso, neste mês de julho, a Polícia realiza, em parceria com outros órgãos de trânsito, a Operação Férias Escolares.
- Para a ação de verão, o órgão tem redobrado o efetivo em pontos de congestionamento e maior incidência de acidentes, com intuito de inibir as ocorrências e aumentar a fluidez do tráfego.

Radares estão desativados em parte da BR-316 desde o início do mês de julho

Desde o início deste mês, todos os radares do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) foram desativados a partir do km 0 até a entrada de Mosqueiro (PA-391), na rodovia BR-316.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o objetivo é garantir mais fluidez no trânsito para os motoristas na saída da Grande Belém apenas durante o período das férias de julho.

Ao longo do referido trecho, oito radares fixos estão desativados. “Eram dez, mas dois foram retirados, um em Marituba e outro em Ananindeua”, disse o superintendente da PRF, Cassiano Filho, que reitera: “apesar dos radares desativados, nossas equipes estão com radares móveis e posicionadas em pontos críticos ao longo das rodovias BR-316, BR-308 e BR-010”.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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