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Pará é um dos estados com maior mortalidade infantil

O Brasil volta a ter alta nas taxas de mortalidade infantil após décadas de queda. O País não registrava crescimento desde a década de 1990, segundo dados compilados pelo jornal Folha de São Paulo, extraídos de relatórios do Ministério da Saúde. E o Pará

O Brasil volta a ter alta nas taxas de mortalidade infantil após décadas de queda. O País não registrava crescimento desde a década de 1990, segundo dados compilados pelo jornal Folha de São Paulo, extraídos de relatórios do Ministério da Saúde.

E o Pará está entre os seis estados que apresentaram juntos a maior média de mortalidade de bebês: foram 19,6 mortes a cada mil nascidos em 2016; um aumento de 14,6% em relação a 2015, o que equivale a quase três vezes o aumento da taxa nacional que foi de 4,8%.

(Foto: Daniel Pinto/Arquivo)

De acordo com o Ministério da Saúde, a tendência é de que a taxa referente a 2017 também supere o registrado em 2015. Entre as principais causas do crescimento da mortalidade infantil apontadas pela pasta estão a epidemia do vírus da zika e a crise econômica. Os dados mostram que 20 estados brasileiros apontaram alta na mortalidade infantil no ano de 2016.

Junto com o Pará estão, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí e Roraima com a maior alta. Apenas Rondônia, Acre, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal apresentaram redução de taxas em 2016. São Paulo ficou com a quinta menor taxa de mortalidade infantil do país, com 11,09. Porém, figura entre os que interromperam a tendência de queda, com alta de 2,7% contra a redução média anual de 4,1% entre 1991 e 2015.

Desde 1990, o país apresentava queda na média anual de 4,9% na mortalidade. Nos anos 80, segundo o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil chegou a registrar 82,8 mortes por mil nascimentos. Em 94, a taxa chegou a 37,2; e a 21,5 em 2004.

Baixo poder aquisitivo pode ter influenciado aumento

Em 2015 e 2016 houve uma alta de 12% nas mortes de menores de cinco anos por diarreia, passando de 532 para 597. O Centro Oeste, Norte e Nordeste foram as regiões que se destacam: 48%, 25% e 8% de crescimento, respectivamente. Juntas, elas correspondem por 74% das mortes.

Mais uma vez a crise econômica pode estar relacionada à elevação da taxa, tendo em vista que essas causas estão muito ligadas aos determinantes sociais. A redução de emprego e de renda em geral podem ter contribuído para o aumento de casos de doenças.

Para a Fundação Abrinq, o corte de verbas e contingenciamento de orçamentos de programas como o Bolsa Família e a Rede Cegonha, que apoia mães na gestação e puerpério, podem ter contribuído também na piora dos indicadores infantis.

Dessa forma, o acesso a serviços de saúde também foi prejudicado, o que influencia na piora de outros indicadores, como o da taxa de vacinação. Um a cada quatro municípios tem cobertura abaixo do ideal em todas as vacinas obrigatórias para bebês e crianças, o que aumenta o perigo da volta de doenças já erradicadas.

(Luiza Mello/Diário do Pará)

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