Câmeras de segurança de um hospital particular em Niterói (Rio de Janeiro) mostram o momento em que uma pediatra é agredida pelos pais de uma criança.
O caso aconteceu na madrugada do dia 2 de abril, mas foi divulgado no último domingo (15) pela Globo News, junto com as imagens que mostram a médica levando tapas, socos e puxões de cabelo.
A pediatra Lyse Soares, de 34 anos, afirma que recebeu os pais com a criança na noite anterior. Por conta da febre, “foi feita uma dipirona muscular, pois a mãe alegava que o menor não ingeria nenhuma medicação oral”. Um exame físico também foi solicitado pela mulher e os resultados foram normais. A família foi liberada para casa, munida de medicação.
No entanto, horas depois, já na madrugada do dia 2, a pediatra conta a família retornou e a criança estava com febre alta, sendo atendida por outra médica.
“Outra médica me chamou porque os pais estavam exaltados, exigindo medicação injetável para a criança. Expliquei que excesso de medicamento poderia fazer mal e sugeri colocar compressas para que a febre cedesse. Eles não aceitaram e exigiram a internação”.
Mesmo contra-argumentando, os pais se recusaram a aceitar as ordens. O pai chegou a se identificar como advogado e ameaçou processar a pediatra, que foi agredida momentos após: primeiro pela mãe e depois pelo pai.
Um boletim de ocorrência foi registrado contra os pais da criança e abriu um processo contra o próprio hospital: “Não me deu nenhum apoio, alegando que tinha sido um problema pessoal meu”.
OUTRO LADO
Na versão dos pais, eles afirmam que a médica teria negado prestar atendimento ao filho deles e por esse motivo vão entrar com ação na justiça contra a profissional e o hospital.
Eles contam que naquela madrugada a criança chegou com uma febre de 42 graus, por isso buscaram atendimento, e iniciaram a discussão porque os médicos disseram que a internação da criança não era necessária.
O pai da criança, Paulo Ricardo Rodrigues, afirmou que não viu a esposa agredindo a médica, mas que teria compactuado com os socos por puro impulso.
O caso agora foi apurado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremej).
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(Com informações do Notícias BOL)
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