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Igarapés estão com tudo neste veraneio

Das tonalidades mais escuras e barrentas às mais azuladas e cristalinas, os igarapés são destaques no Pará. “É revigorante”, diz a estudante de design e moda Natasha Seabra. Aos 22 anos, ela gosta de curtir as belezas do Estado em lugares longe da agitaçã

Das tonalidades mais escuras e barrentas às mais azuladas e cristalinas, os igarapés são destaques no Pará. “É revigorante”, diz a estudante de design e moda Natasha Seabra. Aos 22 anos, ela gosta de curtir as belezas do Estado em lugares longe da agitação. “Prefiro um ambiente natural, com cheiro de mato e som dos pássaros”.

De férias da faculdade, Natasha, na folga do trabalho, fará uma programação mais caseira neste mês de julho, incluindo passeios nos igarapés. “Gosto de ir ao cinema com a minha filha, ver filme em casa ou ir em um bom igarapé”. A jovem recomenda os igarapés de São João de Pirabas e Bragança. Mas, para ela, tem um que é especial: “Acho incrível a Lagoa Azul, que fica em Igarapé Açu. A água é cristalina, o lugar é paradisíaco”, diz.

A relação do paraense com os igarapés é quase um caso de amor. Há 10 anos, o marítimo Pedro Paulo Gondim se encantou por um terreno em Vigia, que tem um igarapé de água cristalina. “Plantei árvores frutíferas ao redor e faço limpeza constante. Aqui é meu paraíso”, afirma. O local não é aberto ao público. No entanto, é o refúgio de toda família. “Vem todo mundo pra cá, nas férias ou final de semana”, relata. Rodeado de mata, o local também recebe visitantes inesperados.

“Já apareceu cobra, tatu, raposa, paca, mas é normal. Esse é o habitat deles. Porém, voltam à floresta quando percebem o agito”, lembra Pedro. Os igarapés são bem característicos da região amazônica. Apesar da grande quantidade existente no Pará, essas belezas pouco são conhecidas por turistas de fora do Estado. “Na verdade, eles são balneários, pois ganham uma infraestrutura ao redor, como bares e restaurantes”, explica o professor do curso de turismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), Paulo Moreira Pinto.

TURISMO

“Suas características são diferentes dos balneários do sul e sudeste do País, porém, são explorados apenas pelos paraenses”, comenta. O turismólogo aponta que, próximo a Belém, é possível encontrar muitos igarapés. “Na estrada de Mosqueiro temos muitos, a cor da água depende da sedimentação dos terrenos”, ressalta.

A estudante Natasha Seabra considera os igarapés revigorantes e costuma incluir estes locais na sua programação de lazer (Foto: Alberto Bitar/Diário do Pará)

“Eles fazem parte da nossa cultura”

Relação dos paraenses com os igarapés é bem próxima. Afinal, difícil é encontrar quem não gosta de tomar um bom banho nestes locais FOTO: Ney Marcondes

A relação dos paraenses com os igarapés é grande. “Vivemos em um Estado com várias cidades ribeirinhas, de terrenos alagados por braços de rios e nascentes. E eles (igarapés) são opções de lazer na comunidade local”, explica a turismóloga Silvia Helena Cruz, doutora de ciência socioambiental.

Os igarapés também acabam se tornando alternativas de rendimento econômico à população. “Além de ser um espaço de lazer da família, as pessoas abrem à visitação, cobrando pequenas taxas”, ressalta Silvia.

RMB

Em média, a Região Metropolitana de Belém (RMB), tem 200 igarapés com infraestrutura. Porém, se a estrutura for construída aleatoriamente e sem nenhum projeto padrão, esses ambientes podem acabar sendo prejudicados.

“Se não houver uma política pública das prefeituras para padronizar os igarapés, em 20 anos eles podem ficar totalmente poluídos”, alerta. Os ambientes naturais acabam correndo o risco de serem cercados por concretos e receber banheiros próximos às nascentes, sem qualquer saneamento.

“O paraense já nasce indo para o igarapé. Eles fazem parte da nossa cultura, é uma agregação social e um ganho econômico. Por isso, devemos preservá-los”, completa.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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