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Metade das favelas da Região Norte está no Estado do Pará

Dos seus 50 anos de vida, Waldir Viana Gomes vive há 40 às margens da Baía do Guajará. Morador de palafita, na Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, em Belém, ele relata as dificuldades em viver sem saneamento básico, iluminação pública e coleta de lixo

Dos seus 50 anos de vida, Waldir Viana Gomes vive há 40 às margens da Baía do Guajará. Morador de palafita, na Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, em Belém, ele relata as dificuldades em viver sem saneamento básico, iluminação pública e coleta de lixo em numa casa de madeira com três cômodos. “As crianças são as que mais sofrem, estão sujeitas a doenças, aqui tem muito rato”, conta o morador.

A água encanada chega às torneiras da casa de Waldir. Mas, por ali, o esgoto é despejado à beira do rio, sob as pontes. “O maior risco são as doenças de pele e as micoses, já que quando a maré enche, as crianças tomam banho no rio”, comenta Marcos Kleber, presidente da Associação dos Moradores da Vila da Barca. Segundo ele, em 2010 a prefeitura entregou 136 unidades habitacionais alí, mas a obra parou.

“A maior parte das pessoas aqui, mora em palafitas”, destaca. Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, ao menos 2.400 pessoas residiam na comunidade.

As péssimas condições de moradia não são uma particularidade da Vila da Barca. O IBGE aponta que a precariedade vai além e atinge quase todo o Estado. O estudo mais recente mostra que 112 municípios visitados na Região Norte possuem favelas, mocambos, palafitas ou moradias semelhantes, e 52 dessas áreas pertencem ao Pará. Ou seja, quase metade das favelas do Norte está no território paraense.

De acordo com o Instituto, proporcionalmente, o Estado tem mais mocambos (36%) que o restante da região. E, os números negativos não parar por aí: 31 cidades paraenses não têm nenhum programa habitacional ou ações equivalentes.

LIXO

Transitando sobre pontes, Maria Madalena Pantoja, de 75 anos, admite que gostaria de viver em condições mais dignas. A idosa mora com 10 pessoas da família. Entre elas, quatro crianças, sendo a mais nova de 1 ano.

Com a renda de um salário mínimo, ela sonha em morar em uma casa mais confortável. “Estamos esperando o projeto ficar pronto e ganharmos o nosso cantinho”, espera.

Na região, o caminhão da coleta de lixo também não passa e a comunidade é responsável por fazer a própria limpeza e levar os resíduos até a avenida Pedro Álvares Cabral. Não há também iluminação pública em algumas ruas, como a passagem Praiana.

Os dados do IBGE foram resultados da Pesquisa de informações Básicas Municipais do IBGE, que visitou 5.570 cidades brasileiras.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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