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Henrique Meirelles diz que o Pará tem um enorme potencial e precisa desenvolvê-lo

Em sua visita a Belém para se apresentar como pré-candidato do MDB à presidência da República na quinta-feira (5), o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer, Henrique Meirelles (MDB) falou em governar o país com um

Em sua visita a Belém para se apresentar como pré-candidato do MDB à presidência da República na quinta-feira (5), o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer, Henrique Meirelles (MDB) falou em governar o país com um olhar especial ao Pará, pelo seu potencial de desenvolvimento estadual. Apresentou propostas para os principais “gargalos” enfrentados pelo Estado nas áreas de infraestrutura e logística e, ao final do encontro com uma comitiva do MDB-PA e ao término de um encontro com empresários na Federação das Indústrias do Pará, falou com os jornalistas sobre os mais diversos assuntos - desde suas expectativas para o resultado das urnas até mesmo aos “memes” de internet que não perdoam os candidatos. Confira:

P: Como foi enfrentar a crise econômica?

R: Encontramos o Brasil na maior recessão da história. Todos viveram isso... Quando entramos no governo encontramos a maior crise econômica desde a depressão de 1929, que foi uma das maiores do mundo. Vencemos com determinação, rigor e coragem para fazer as mudanças e reformas necessárias para tirar o Brasil dessa crise e fazê-lo voltar a crescer. Isso começou pela aprovação da Reforma Trabalhista, pela aprovação da Reforma Fiscal com a aprovação do teto de gastos públicos e todas as outras que fizeram com que o nosso país voltasse a crescer, a ter esperança. Nas últimas semanas começamos a vivenciar uma parada no crescimento, uma ligeira queda na confiança nos mercados, mas isso é reflexo da preocupação com o resultado da eleição. Os brasileiros não merecem o retrocesso. Não podemos voltar para trás. O caminho é seguir em frente! Por isso coloquei o meu nome na disputa: para que o Brasil alcance o lugar que ele merece.

P: A viabilização do modal hidroviário no Norte, e em especial no Pará, continua uma utopia. Como o senhor pretende resolver esse entrave?

R: Sou nascido em Goiás e me lembro que, desde criança ouço falar na hidrovia Araguaia-Tocantins e acredito que está na hora de criar obras fundamentais para o Pará, como essa. A questão do transporte é cada vez mais hoje uma questão de custo e de eficiência. É uma questão fundamental porque vai viabilizar o crescimento da região e, por conseguinte, o crescimento do Brasil. Precisamos viabilizar hidrovias e estender a ferrovia Norte-Sul para ampliar a logística no Estado.

P: Uma questão importante para o Estado é a Lei Kandir, que já trouxe inúmeros prejuízos ao Pará. Como o senhor, eleito presidente, pretende resolver essa situação?

R: É um problema sério que precisa ser resolvido porque prejudica muito a economia dos Estados produtores de minério e de grãos, principalmente. Já conversei muito sobre esse assunto com o senador Jader Barbalho, com o pré-candidato (ao Governo do Estado) Helder Barbalho e com outras lideranças em Brasília. Já está mais do que na hora de revertermos essa situação e recompensar o Pará por todas as riquezas que produz e que são exportadas, principalmente a riqueza mineral que é produzida aqui e que o Brasil exporta. O Pará precisa ter a compensação adequada, crescendo a sua arrecadação e investindo naquilo que é fundamental, como infraestrutura e segurança.

P: Como o senhor pretende reduzir a enorme carga tributária existente no Brasil?

R: Não há como diminuir tributos sem reduzir despesas. Para isso é fundamental fazermos a Reforma da Previdência que, se não ocorrer, acabará dobrando a carga de impostos no país daqui a alguns anos apenas para pagar o aumento da despesa da Previdência. O Pará precisa contar com políticas tributárias que possam aumentar a arrecadação local. Para tanto, parte da fatia de impostos recolhidos sobre a energia elétrica deve ser cobrada na produção. Atualmente, a cobrança de impostos sobre a energia elétrica é realizada apenas sobre o valor de consumo. Essa mudança beneficiaria o estado que é o maior produtor de energia do país.

P: O Pará é o segundo maior Estado em tamanho territorial do Brasil e tem como uma das suas maiores riquezas o agronegócio, com o segundo maior rebanho bovino do país. Quais suas propostas para essa área?

R: Vamos viabilizar as hidrovias do Marajó e a Araguaia-Tocantins. Como já disse o Pará tem um enorme potencial e precisa desenvolvê-lo. O que é preciso é decisão de fazer. O desenvolvimento do país passa pelo desenvolvimento da Amazônia. As obras fundamentais serão feitas e criadas políticas para incentivar o crescimento da indústria e do agronegócio, com os incentivos necessários, o transporte, a logística. O Brasil tem uma enorme vocação agrícola, mas também uma vocação industrial para se tornar uma potência mundial. Para isso a economia precisa estar funcionando, a carga tributária precisa estar definida, juntamente com os incentivos setoriais e o transporte funcionando a contento.

P: Como resolver o problema do peso da máquina pública? Existem algo em torno de 150 estatais federais no País. Se eleito, quantas dessas estatais o senhor pretende privatizar e como fazer que elas sejam mais efetivas?

R: Uma das estatais que não são efetivas e que hoje representa um problema para o país é a Eletrobrás, que é um grande exemplo de empresa a ser privatizada e que cujo processo está em andamento no Congresso Nacional. Outro exemplo é a Casa da Moeda que também será privatizada. Temos problemas graves de gestão em várias empresas que são comandadas por pessoas sem qualificação e uma solução para isso é a redução das nomeações políticas como ocorreu na Caixa Econômica Federal onde neste governo o presidente passou a ser escolhido pelo conselho por critérios técnicos e uma seleção feita por empresas internacionais especializadas na escolha de executivos de qualidade. Esse exemplo da Caixa que pretendemos implementar. Vamos privatizar o que for preciso com inteligência e bem senso.

P: O senhor é pré-candidato do presidente da República Michel Temer?

R Sou o pré-candidato do MDB e do povo brasileiro. E conto com o apoio de líderes importantes, e inclusive do presidente.

P: Quais as suas expectativas de governar um país que ainda está com problemas? Ou não está mais tão arrebentado assim?

R: Oferece uma oportunidade enorme porque, de fato, o Brasil foi completamente desorganizado pela administração anterior. Encontramos o Brasil com uma economia em colapso, com os serviços públicos desmantelados e o país inteiro em crise. Estamos nos recuperando, mas é apenas o início. Por isso eu me candidatei e coloquei meu nome como pré-candidato porque temos aí mais quatro anos para colocar o Brasil crescendo emprosperidade.

P: Há um perfil no Facebook que costuma brincar com declarações que, por algum motivo, exaltem a autoestima dos declarantes, e a sua fala de que a economia do país só cresce quando está sob seu comando não escapou das brincadeiras nesse sentido. Como o senhor lida com esse tipo de reação? Por que fez essa afirmação?

R: Isso não é uma afirmação, isso é um fato. O Brasil cresceu muito enquanto eu liderei a economia como presidente do Banco Central. Cresceu durante oito anos. Eu saí do governo e a economia começou a ir para baixo, e entramos no maior buraco, na maior recessão da história do Brasil. Voltei ao governo como ministro da Fazenda e a economia voltou a crescer. Isso não depende de autoestima, mas de reconhecer a realidade. É um fato. Espelhado e vivido por todos os brasileiros.

P: A Justiça já disse que é permitida a criação e compartilhamento de memes e piadas com os candidatos aos cargos públicos nas eleições desse ano. O senhor está preparado para isso? Gosta desse bom humor?

R: Lógico, isso tudo faz parte. E também tenho muito bom humor.

(Luiz Flávio e Carol Menezes/Diário do Pará)

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