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Apoio da familia é importante para pacientes com câncer

Quem recebe o diagnóstico de câncer de mama inicia uma jornada desafiadora. São inúmeros exames, tratamentos agressivos, mudanças de rotina e um enorme abalo emocional. E uma pesquisa inédita no Brasil mostra que a família toda “adoece” com essas

Quem recebe o diagnóstico de câncer de mama inicia uma jornada desafiadora. São inúmeros exames, tratamentos agressivos, mudanças de rotina e um enorme abalo emocional. E uma pesquisa inédita no Brasil mostra que a família toda “adoece” com essas mulheres. Realizado em nove capitais, incluindo Belém, o levantamento mostrou o impacto do câncer de mama avançado na vida afetiva, doméstica e financeira de pacientes e familiares.

O Instituto Provokers, a pedido do laboratório Pfizer, realizou entrevistas quantitativas e qualitativas em Belém, São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre envolvendo 170 pacientes entre 18 e 65 anos, e 240 familiares. Tristeza, medo e insegurança são os sentimentos predominantes na descoberta do tumor, mas a percepção do sofrimento é maior entre os familiares (88%) do que nas próprias pacientes (72%). A sensação é mais acentuada entre os filhos.

Mesmo abalados, os parceiros representam a principal fonte de apoio emocional para as pacientes (29%), seguida dos filhos (28%). São eles os responsáveis pelo suporte emocional, com palavras positivas, motivação, compartilhando sofrimentos, entre outros. Já o apoio no cotidiano inclui acompanhar nas consultas e exames, cuidar da casa, ir ao supermercado ou levar os filhos para a escola.

EXEMPLO

A voz da advogada Paloma Brasil, 36 anos, ficou embargada ao recordar o dia em que soube que a mãe, a engenheira Maria das Graças Brasil, 66 anos, estava com vários nódulos espalhados pelo corpo. “Lembro plenamente. Deu uma sensação de impotência”, descreve o momento vivido em 2011. A irmã Patrícia, engenheira de 38 anos, ressalta que elas não estavam minimamente preparadas, já que o médico havia afastado o risco de novos tumores no encerramento da quimioterapia em 2008, após sete anos de tratamento. “Encaramos como um atestado de óbito”, lembra Patrícia.

Sereníssima, Maria das Graças mostrou que o clima entre as filhas, que inclui a mais velha, Priscilla, é de serenidade. Quando soube do avanço da doença ela pensou: “tem tempo para frente e coisas que eu preciso passar pras minhas filhas. Se é o caminho do fim, Deus está me dando uma grande chance”.

Deixando a preocupação estética de lado, Maria das Graças optou por uma mastectomia radical. Foi uma cirurgia complicada, com reconstrução mal feita, que gerou uma série de infecções. A fisioterapia também foi com sofrimento, quando precisava encarar o espelho com lágrimas e dor ao abaixar o braço direito.

Com um casamento desfeito durante a jornada, Graça conta com o suporte das filhas e tem um plano novo a cada dia. Consciente de que é uma privilegiada em relação às mulheres com poucos recursos para tratamento, ela se engaja em diversas causas sociais. As filhas já sonham em ver a mãe como “youtuber”.

Outros dados da pesquisa: região Norte/Nordeste (Recife, Salvador, Belém, Fortaleza)


92% das pacientes afirmam que precisam ser fortes para “dar apoio para a família”
77% concordam que a família ficou mais unida após a descoberta da doença
73% continuam fazendo planos e realizando sonhos

(Marta Cardoso/Diário do Pará)

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