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Unama desativa campus. Violência pode ser a causa

A violência urbana que assola a capital e no interior do Estado e que coloca Belém com o triste título de cidade mais violenta do país, atinge a educação. A insegurança crescente, que o poder público estadual não consegue controlar, fez com que a direção

A violência urbana que assola a capital e no interior do Estado e que coloca Belém com o triste título de cidade mais violenta do país, atinge a educação. A insegurança crescente, que o poder público estadual não consegue controlar, fez com que a direção da Universidade da Amazônia (Unama) decidisse pela transferência do curso de Direito do campus da avenida Senador Lemos, no bairro da Sacramenta, onde funciona o Instituto de Ciências Jurídicas, para o campus da Alcindo Cacela. A mudança será efetivada em agosto.

A informação é de uma fonte ligada à universidade e revelada pelo jornalista Mauro Bonna, em sua coluna no DIÁRIO do último domingo (17). No entanto, procurada pela reportagem na noite de ontem, a assessoria da universidade confirmou a mudança, mas que seriam por outros motivos.

A decisão provocou uma divisão entre os alunos do curso. Alguns preferem terminar o curso no campus atual em razão do conforto e estrutura que o prédio oferece, apesar de estar localizado em uma áreas considerada vermelha pelos constantes crimes, próximo à Ponte do Galo. Existe ainda a versão, não confirmada pela direção da instituição, que uma parte dos alunos e de pais vem solicitando a mudança há tempos.

COMUNICAÇÃO

Segundo informações colhidas pelo DIÁRIO na tarde de ontem no campus, a notícia foi comunicada oficialmente aos alunos via aplicativo de bate-papo na semana passada. Corre nas salas do curso um abaixo assinado pedindo que a mudança não ocorra. “Vamos apresentar esse abaixo-assinado primeiro para a direção da universidade. Caso não surta efeito, vamos apelar para outras medidas”, disse na tarde de ontem Lara Rodrigues, 23 anos, que cursa o 7º semestre de Direito.

Segundo um professor, que pediu anonimato, há uma preocupação constante de professores e alunos com o local, em relação à falta de segurança. “A repercussão do fim do campus é imensa, mas infelizmente, quase todos apoiam”, avaliou.

OUTRO LADO - UNAMA

Em nota encaminhada ao DIÁRIO, a universidade informou que o curso de Direito foi transferido para a unidade Alcindo Cacela da Unama “visando uma integração maior dos discentes com o ambiente universitário”, é que lá os graduandos terão a possibilidade de “estar mais próximo dos cursos de Mestrado e Doutorado, além de projetos que acontecem no campus, como o espaço Coworking”. A instituição diz ainda que o prédio não foi desativado. “A Unama está verificando as melhores alternativas de utilização do espaço”, informou a assessoria.

Mudança é reflexo da capital mais violenta do País

Belém é capital mais violenta do Brasil segundo o mais recente resultado divulgado pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A cidade paraense deixou para trás cidades com índices históricos e mais populosas, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

O estudo “Atlas da Violência 2018 - Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros” mostra que a taxa de homicídios em Belém já atingia, em 2016 – quando foram coletados os dados para compor os estudos – 77 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2015, a capital paraense era a quarta mais perigosa, com 61,8 homicídios/100 mil moradores.

Além do trágico título de ter a capital brasileira onde mais se mata de forma violenta, o Pará se destaca negativamente tendo outras cinco cidades compondo o ranking dos 20 municípios com mais de 100 mil habitantes com as maiores taxas de homicídios. São eles: Altamira (91,9), Marabá (87,7), Ananindeua (84,6), Marituba (84,5) e Castanhal (78,4).

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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