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Portos públicos do Pará têm recorde de movimentação de cargas

Os portos públicos do Pará obtiveram um recorde no volume de movimentação de cargas em 2017, segundo o anuário do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Pará (Sindopar). Foram 24,5 milhões de toneladas movimentadas. “A situação no Pará não é dif

Os portos públicos do Pará obtiveram um recorde no volume de movimentação de cargas em 2017, segundo o anuário do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Pará (Sindopar). Foram 24,5 milhões de toneladas movimentadas. “A situação no Pará não é diferente da situação do Brasil como um todo. Somos muito competentes e eficazes da porteira para dentro da fazenda e também somos muito capazes do portão do porto até o navio. O que falta no Pará é a eficiência logística”, destaca Alexandre Carvalho, ex-presidente do sindicato.

Para aumentar ainda mais esse volume de movimentação de carga é necessário viabilizar obras estruturantes. “Para se ter uma ideia, há ainda hoje outras 20 milhões de toneladas de carga que deveriam embarcar pelos nossos portos do Pará mas que seguem para os portos de Santos e Paranaguá”, coloca Carvalho. Essa carga, segundo ele, teria um custo muito mais vantajoso e colocaria nossos produtos em vantagem internacional.

Mas as obras de infraestrutura pendentes, como a do Pedral do Lourenço, o asfaltamento da BR-163 e a perenização das hidrovias, entre outras, não deixam essa carga chegar. “O Pará precisa finalmente se virar de frente para sua vocação natural que são as hidrovias. A logística do Pará pode mudar este Estado de tamanho, mas precisamos nos voltar para as nossas vocações”.

Carvalho aponta ainda a cabotagem, que pode ser uma opção mais do que adequada para melhorar os custos das mercadorias de circulação interna no país e que abastecem Belém através dos navios que vêm pela costa do país.

“A ideia deste projeto é fantástica e os benefícios serão enormes”, Alexandre Carvalho , ex-presidente do Sindopar(Foto: Wagner Santana)

INTEGRAÇÃO

Paralelamente à infraestrutura logística e portuária, existe a necessidade de se revitalizar e integrar as áreas portuárias, modernizando-as e integrando esses espaços ao cenário urbano das capitais, criando parques, espaços de lazer, atividade física, bem estar e contemplação do rio e da cidade. “Isso revitaliza a cidade, cria emprego e gera renda para a população”, destaca.

Nos grandes portos do mundo, a convivência entre a sociedade e movimentação de carga é muito harmônica, sobretudo na Europa, onde a população entende que a movimentação de carga é necessária. “No porto de Oslo, na Noruega você vê claramente pessoas tomando banho de praia e um navio descarregando carga a 150 metros de distância. A convivência é harmoniosa e tradicionalmente aceita, pois a sociedade se beneficia do porto com a movimentação da carga que ela mesmo consome”.

Essa é a evolução natural nas grandes cidades do mundo. “Devemos fazer o mesmo. O desenvolvimento é bom para toda a sociedade. Indica que podemos ter mercadorias a melhores custos, visto que o modal mais competitivo do mundo é o marítimo/hidroviário”.

Projeto Porto Futuro

- O projeto “Belém Porto Futuro” é uma iniciativa do Ministério da Integração Nacional na gestão do ex-ministro Helder Barbalho, que vai investir R$ 31,5 milhões apenas na primeira etapa das obras. “Esse projeto devolve à sociedade uma área importante que estava inerte, sem proveito algum. Era uma área temerosa de se andar pelo completo abandono”, relembra Carvalho.

- A ideia do projeto “Belém Porto Futuro” é revitalizar a região retro portuária de Belém, que atualmente está degradada, com pouca iluminação e ruas abandonadas, sendo também uma área de constantes assaltos.

- O parque terá áreas abertas e arborizadas, espaço pet, área infantil, praça de alimentação com comidas típicas, espaço lounge com gramado para descanso, pista de caminhada, posto policial. Tudo com um paisagismo moderno, além de estacionamento para mais de 400 carros.

- A expectativa é impulsionar o desenvolvimento econômico regional e a integração logística, gerando mais empregos e renda para a população. l Além de ser um empreendimento com arquitetura moderna e inovadora, a obra prevê ainda para a segunda etapa, a implantação de uma bacia de escoamento das águas pluviais do rio, que alagam parte da cidade em época de chuvas fortes, servindo como prevenção a enchentes.

- Em outra fase haverá ainda a construção de prédios comerciais que trarão receitas tanto para a proprietária do espaço, que é a CDP, quanto para o município de Belém, que ganhará ISS sobre os serviços que as empresas pagarão.

Projeto irá revitalizar área estratégica

Obras do projeto Belém Porto Futuro (Foto: Wagner Santana)

Um dos exemplos bem sucedidos destacados por ele nesse contexto é o projeto “Belém Porto Futuro” que vai revitalizar uma área estratégica mas que estava sem nenhuma utilidade, seja para a Companhia das Docas do Pará (CDP), seja para a sociedade em geral. “Essa obra é uma revisitação aos bons tempos da nossa Belém e representa o cuidado de quem quer fazer as coisas acontecerem aqui no nosso Estado”, afirma.

O projeto será especialmente importante na medida em que beneficiará a parcela da população que não possui um acervo de lazer e cultura que possa ser usufruído gratuitamente, sobretudo por crianças e jovens. “A sociedade carioca teve recentemente a grata implantação do Porto Maravilha que, resguardando as proporções, é exatamente o que acontecerá com o projeto Porto Futuro”, assegura.

O projeto prevê espaços de esporte e lazer, praças, um ponto de encontro, “um local agradável para um bom papo, uma boa caminhada e quem sabe um local onde possamos juntos pensar a nossa cidade”. Com o projeto, analisa o ex-presidente do Sindopar, “a sociedade terá sua cota de contribuição no que concerne à preservação, à limpeza e ao cuidado que a população das grandes cidades do mundo tem com o seu patrimônio comum com um impacto altamente positivo para o turismo na cidade”.

BENEFÍCIOS

O maior de todos os benefícios após a obra entregue será a autoestima do belenense que, segundo o especialista, está deteriorada por causa dos problemas que temos assistido no dia a dia da nossa cidade: segurança em crise; saúde precária; cidade suja e mal cuidada, com esgoto a céu aberto e lixo espalhado e o trânsito um caos.

Após a obra pronta Belém terá um enorme legado nas áreas de lazer, turismo, negócios e se tornará uma cidade mais adequada urbanisticamente. “A ideia deste projeto é fantástica e os benefícios serão enormes”.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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