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Governo do Estado não possui ações para jovens das periferias

Cerca de 200 pessoas participaram do I Seminário de Combate ao Extermínio da Juventude Negra, que ocorreu no Campus I da Universidade do Estado do Pará (UEPA), no bairro do Telégrafo, em Belém, na última quinta-feira (7). O evento foi organizado pelo Obse

Cerca de 200 pessoas participaram do I Seminário de Combate ao Extermínio da Juventude Negra, que ocorreu no Campus I da Universidade do Estado do Pará (UEPA), no bairro do Telégrafo, em Belém, na última quinta-feira (7). O evento foi organizado pelo Observatório de Estudos em Defesa da Juventude Negra (Obej) para dialogar sobre o assunto e propor ideias para combater os índices crescentes de violência que assolam o Estado do Pará, principalmente contra os mais jovens.

Segundo o geógrafo Aiala Colares, que representa o Obej, esse avanço da violência no Estado pode ser explicado pela ausência de políticas públicas. “De maneira geral, o Pará está na condição de quarto estado mais violento após anos de precarização das políticas de segurança pública”, avalia.

O governo, conforme Aiala, não conseguiu fazer uma prática mais efetiva de combate à violência, que não se dá apenas em função da presença dos militares, mas que também envolve um conjunto de ações de políticas públicas. Os números mostram que 71,5% das pessoas que são assassinadas a cada ano no país são pretas ou pardas.

“Isto é reflexo de uma sociedade que tem o racismo, o preconceito e a violência de forma estruturante. O que resulta na banalização da vida e da violência”, considera a educadora Fátima Matos, que atua na Coordenação Regional Norte Rede Nacional Feminista de Saúde em Direitos Sexuais e Reprodutivos.

Para a professora Lilia Melo, coordenadora do Cine Clube TF, é possível criar e fortalecer formas alternativas de enfrentamento a essas mortes. “O Cine Clube TF é fruto de um projeto que já vem ocorrendo desde a chacina de 2014, e hoje nós temos uma rede de comunicação entre os coletivos culturais do bairro e a Escola”, relata. No momento de exibição, Lilia explica que há uma interação com coletivos culturais, com rodas de conversa e ações culturais para dialogar sobre o viver na periferia.

EM NÚMEROS

VIOLÊNCIA CONTRA NEGROS

- De acordo com o Atlas da Violência 2018, o Estado ocupa a 4ª colocação no ranking da violência, com uma das maiores taxas de homicídios (50,8) a cada grupo de 100 mil habitantes. Segundo o estudo, no Brasil, 33.590 jovens foram assassinados em 2016, sendo 94,6% do sexo masculino. Nos últimos dez anos, a taxa de mortalidade na população negra aumentou 23,1%, enquanto que a taxa de homicídios de indivíduos não negros diminuiu 6,8%.

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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