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Nem o relógio funciona na Praça do Relógio, abandonada por Zenaldo

Parado no tempo, especificamente às 7h55 de algum ano esquecido, o relógio da Praça Siqueira Mendes, mais conhecida como Praça do Relógio, no Centro Histórico de Belém, aponta não as horas, mas o nível de descaso da Prefeitura com a história da cidade. De

Parado no tempo, especificamente às 7h55 de algum ano esquecido, o relógio da Praça Siqueira Mendes, mais conhecida como Praça do Relógio, no Centro Histórico de Belém, aponta não as horas, mas o nível de descaso da Prefeitura com a história da cidade. De importação inglesa e com 12 metros de altura, a torre do relógio foi erguida ainda em 1931, por encomenda do então intendente Antônio Facilda, mas hoje está depredada, pichada e mal cuidada.

O monumento que uma vez ornamentou um espaço de ampla circulação social e manifestações políticas, hoje ocupa uma praça suja, de calçadas quebradas e que serve de palco para constantes assaltos e violência. “É muito triste. Eles não veem a importância que um monumento desse tem para a nossa cidade e para a nossa gente”, lamenta Leide Coelho, 56, que trabalha coordenando as vans de transporte de passageiros nas redondeas. “Eu mesma nunca vi esse relógio funcionar. Eles raramente vêm aqui e quando vêm só fazem uma limpeza básica”, critica, referindo-se à Prefeitura.

Para o estudante Érico Pimenta, que frequenta o bairro constantemente, o abandono deixa a praça completamente inutilizável. “A gente perde a praça. São vários problemas, a sujeira, o mau cheiro, a violência. O Comércio todo está assim”, reclama o jovem de 23 anos. Segundo ele, a culpa é tanto da Prefeitura quanto do Governo. “Nenhum dos dois faz nada. Eles não dão a mínima importância”, disparou.

Em vez de um ambiente de socialização, de turismo e de entretenimento, a praça virou um perímetro perigoso e desagradável, que os pedestres passam apressados e completamente alheios à sua relevância histórica. Nos 32 anos em que ele trabalha em seu ponto de táxi na avenida Portugal, que circunda a praça, poucas foram as vezes em que Paulo Reis, 65, viu o relógio funcionar. “E quando funciona, só dura uns três ou quatro dias. Ninguém cuida realmente”, contou.

Para Reis, inclusive, os problemas vão além do relógio. “As calçadas estão quebradas, as praças, imundas, as árvores precárias, a polícia passa e não faz nada. Tudo isso acontecendo bem na cara do prefeito e ele não cria vergonha”, disse o taxista, apontando para o Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura, metros à frente.
A reportagem procurou a Prefeitura de Belém, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

HISTÓRIA

O monumento é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1977, por fazer parte do complexo arquitetônico e paisagístico do Ver-o-Peso.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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