Marabá: combustíveis acabaram em todos os postos

Todos os postos de gasolina em Marabá, sudeste paraenses, estão sem combustível nesta segunda-feira (28). Os dois únicos postos que ainda estavam atendendo a população, um na estação ferroviária e outros na Folha 31, Nova Marabá finalizaram combustível ainda no domingo.

Na noite de sábado (26), filas quilométricas de motos e veículos se formaram para abastecer veículos com etanol. Às 22 horas, os postos fecharam deixando ainda muitos na fila que resolveram esperar os postos abrir novamente às 6h da manhã do domingo.

Os supermercados de Marabá também começaram a ser afetados pelo protesto dos caminhoneiros. Os estoques de frutas, legumes e verduras já começam a faltar nas prateleiras.

A preocupação da prefeitura de Marabá é com os serviços básicos a população: saúde, colete de lixo e policiamento. Por conta da situação, a prefeitura de Marabá está mantendo em operação desde sexta-feira (25) apenas os veículos que fazem parte de serviços essenciais, como ambulâncias, caminhões da limpeza pública, Guarda Municipal, Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) e o transporte escolar.

Todos os outros veículos da frota que operam nos demais serviços estarão paralisados até o reabastecimento dos postos.

PROTESTO

Caminhoneiros promoveram uma carreata pelas ruas de Marabá, nesta segunda, protestando contra a alta no preço dos combustíveis. Eles contaram com o apoio de mototaxistas.

A carreata iniciou na entrada do Aeroporto João Corrêa da Rocha, localizado na Rodovia Transamazônica, no Núcleo Cidade Nova, percorrendo várias ruas dos Núcleos Marabá Pioneira e Nova Marabá, até chegarem a BR-155, próximo ao Parque de Exposições, onde os caminhoneiros estão bloqueando a passagem de caminhões.

Há 21 anos trabalhando como caminhoneiro, Mauro Fernandes, diz que não houve nenhum tipo de acordo com o governo. “Estão dizendo que os caminhoneiros estão reivindicando só a questão do diesel, isso é mentira. Nós estamos pedindo a baixa do combustível em geral e a população abraçou essa causa”, disse.

O caminhoneiro Guido Filho diz que não dá mais para suportar essa situação. “Está mais complicada e quem está complicando é o governo. O caminhoneiro é quem carrega o Brasil nas costas. Mas, hoje a paralisação não é mais só nossa e sim do Brasil inteiro”, disse.

O mototaxista Fred Pereira, da Associação Unimoto, afirma que os mototaxistas estão juntos com os caminhoneiros procurando melhorias para o país. “Estamos somando força. Vamos seguir em carreata, porque o combustível do Brasil é o mais caro do mundo”, disse.

(Com informações de Alessandra Gonçalves/RBATV)