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Arrastões marcam a rotina de estudantes no terminal da UFPA

Estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) denunciaram ao DOL na noite desta terça-feira (22) a insegurança vivida dia e noite, sem trégua, dentro e fora do campus da instituição. Hoje mesmo, três homens armados 'tocaram o terror' e assaltaram um

Estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) denunciaram ao DOL na noite desta terça-feira (22) a insegurança vivida dia e noite, sem trégua, dentro e fora do campus da instituição.

Hoje mesmo, três homens armados 'tocaram o terror' e assaltaram um grupo de pessoas que estava no terminal rodoviário. Mesmo quem estava longe procurou um local para se abrigar e não ser alvo de criminosos. Correria e gritaria deixaram todos em pânico. De acordo com relatos, a polícia foi chamada, uma viatura esteve no local, mas não teria ficado por muito tempo.

“Ontem teve um assalto na avenida Perimetral. Levaram a mochila de uma garota. E hoje teve um arrastão. E, se eu não me engano, há duas semanas assaltaram dentro da universidade e isso tem sido constante”, relatou Karina Souza, estudante de Administração.

Alunos chegam a participar de grupos de conversa para serem avisados de ‘arrastões’ que acontecem nas proximidades, como é o caso de Camille Paskyelini, estudante do curso de Engenharia Civil.

“Eu estou em em dois grupos de 'arrastão' pra quando acontecer algum a gente ficar informado. Temos vários grupos na universidade como forma de nos proteger da insegurança”.

Como se não bastasse estarem sujeitos à violência nos coletivos, alunos e funcionários da instituição encaram a difícil missão de cruzar o campus para atender às suas atividades sem que sejam vítimas de ações criminosas. A volta para casa não é muito diferente, em que dependem da sorte e de inúmeras ‘artimanhas’ como forma de proteção.

“Eu estudo a noite e costumo chegar cedo, fico no centro acadêmico estudando. Quando a aula termina eu e um grupo de pessoas saímos juntos até o terminal. Geralmente vão uns cinco, mas no dia em que eu fui assaltada estávamos em três”.

O momento de terror vivido por Camille é algo que merece ser enterrado e esquecido. Com a arma apontada para o seu rosto, a estudante teve todos os seus pertences roubados durante uma ação covarde. Felizmente, a volta para casa foi garantida com o dinheiro emprestado de amigos.

POLICIAMENTO FAZ FALTA

Tanto nas redes sociais quanto em entrevista para o próprio DOL, os estudantes contam que costumam ver viaturas da Polícia Militar circulando na avenida em frente ao terminal, mas as rondas não seriam suficientes para afastar os inúmeros assaltos e arrastões contados quase diariamente.

“Nós vemos uma viatura da polícia passando, mas a gente acha que seria melhor se tivesse um carro fixo no terminal. Principalmente à noite porque, a partir das 17h, tu tens que correr por causa do assalto que é direto”, desabafa Karina.

Ela diz ainda que, por meio de uma amiga, foi informada de que os policiais não poderiam manter uma viatura fixa no local por falta de denúncias no sistema. De acordo com ela, pelo fato de muitas pessoas assaltadas não registrarem o boletim de ocorrência, os policiais teriam dito que a situação no terminal não é tratada como ‘emergencial’.

RESPOSTAS

Na noite de hoje, o DOL procurou a Polícia Militar para falar sobre o assunto. Em uma resposta inicial, a assessoria de comunicação do órgão informou que levará os conhecimentos do fato ao comando do 20º Batalhão da Polícia Militar no intuito de "encontrar medidas para se prevenir e combater as ocorrências na referida área", e que amanhã (23) a PM deve se pronunciar novamente.

A reportagem também entrou em contato com a UFPA, que explicou que o terminal de ônibus na área externa não pertence a ela, mas sim à Prefeitura de Belém, através da Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém). A UFPA disse também que, em parceria com a Polícia Militar, foram contruídos há alguns anos duas bases de comando em frente ao Pórtico 2 e Pórtico IV para o serviço dos militares, no entanto, elas foram desocupadas há três meses.

(Fernanda Palheta/DOL)

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