Os paraenses já estão no clima da Copa do Mundo

Jogadores da seleção brasileira já foram escalados, a estreia do Brasil já está agendada para o dia 17 de junho e o que está em jogo é a possibilidade de, finalmente, tirar o grito de “hexacampeão!” da garganta. A menos de um mês da cerimônia de abertura da Copa do Mundo – marcada para o dia 14 de junho no Estádio Luzhniki, em Moscou, Rússia -, o clima já é de torcida para muitos paraenses.

Na casa da empresária Iêda Reis, 54 anos, bandeiras do Brasil já emolduram a área que servirá de palco para a torcida no jogo de estreia da seleção brasileira. Mais de 20 pessoas da família deverão se reunir para acompanhar os jogos juntas. “Toda Copa a gente reúne a família. Quando os jogos são pela manhã nós fazemos café da manhã e, quando são à tarde, nós organizamos logo um churrasco”.

A tradição é revezar a exibição dos jogos entre as casas de Iêda e da cunhada, Ivete Ribeiro, 55. Durante a transmissão dos jogos, a reunião da família é o que dá força e acalma o nervosismo durante as partidas. “Se falta um de nós, já não é a mesma coisa. Faz a diferença quando torcemos todos juntos”, diz.

Para dar o clima na casa, Iêda conta que costuma não apenas pendurar bandeiras do Brasil, mas também usar toalhas, almofadas e o que mais tiver disponível nas cores verde e amarela. Em dias de jogos, todo mundo também precisa estar vestido com camisas nas cores da seleção. Nem mesmo a cachorra de estimação, a Mel, fica de fora da produção. Para este ano, ela já tem o seu lacinho garantido para os dias de jogos.

TORCIDA

Filha de Iêda, a estudante Beatriz dos Anjos, 19, lembra que cresceu em meio às comemorações da Copa do Mundo. Para este ano, o que ela espera é ver o Brasil estrear já com um bom placar. “Um dá força para o outro quando o jogo não está indo muito bem. É muito mais animado torcer assim”, avalia. “Eu espero que o Brasil estreie ganhando com um placar de 3 a 0”.

Nora de Iêda, a universitária Vanessa Almeida, 32, espera um placar mais modesto, 2 a 0. Independentemente do número de gols, a expectativa é de ver o Brasil sair vitorioso. “É sempre muito animado aqui, é uma festa. Acho que isso ajuda a embalar o Brasil e é o que a gente espera que aconteça nessa Copa”, afirma.

No que depender da animação da pedagoga Tássia Hesketh, 30, a vitória do Brasil já está garantida. Ela conta que o clima de Copa do Mundo foi se tornando mais intenso desde a transmissão do anúncio da escalação realizada pelo técnico Tite. “Já estamos no clima da Copa, na expectativa para os jogos. Até a convocação
assistimos juntos”.

Tássia se refere ao grupo de amigos com quem deve dividir cada emoção da Copa na Rússia. Para que possam assistir aos jogos juntos, as cerca de 10 pessoas já começaram a planejar nas casas de quem serão as reuniões, quais serão os tira-gostos e as camisas nas cores verde e amarela que deverão ser usadas.

Para Tássia, mais do que torcer, a possibilidade de reunir os amigos em torno dos jogos da Copa é uma forma de retomar um hábito antigo. “Na época de colégio, no ensino médio, sempre tinham essas reuniões com os amigos para assistir aos jogos. Depois, com a vida adulta, isso acabou se perdendo”, considera. “Como tem esse grupo de pessoas muito bacana no trabalho, a gente achou muito bacana retomar isso”.

Aniversário com as cores da bandeira do Brasil

Ao lado dos pais, Andressa, Rodrigo, Benício completou 3 anos já em clima de Copa (Foto: Acervo Pessoal)

Diante da lembrança de uma época em que as copas eram antecedidas por um verdadeiro mutirão de amigos e vizinhos para enfeitar a rua de verde e amarelo, o vigilante Rodrigo Gonçalves, 31 anos, e a esposa, Andressa Ferreira, decidiram aproveitar a comemoração pelos 3 anos do filho Benício para já entrar no clima da Copa.

A festa foi toda decorada com a temática do Brasil, com bandeiras e balões em verde e amarelo. O topo do bolo que lembra a idade que Benício estava comemorando, 3 anos, representava um placar de jogo. Para que o clima estivesse completo, o aniversariante e os pais também vestiam camisas da seleção brasileira. “Eu lembro da minha época de infância quando todo mundo ficava empolgado, as ruas eram enfeitadas com bandeirinhas e hoje a gente já não vê tanto isso, infelizmente. Então foi uma forma de resgatar isso também”.

Na casa da família, o aniversário do filho foi o pontapé inicial para o clima de torcida. A festa ocorreu no dia 12 de maio e, desde então, a decoração da Copa permanece. “Provavelmente vamos reunir os amigos e vizinhos aqui em casa. Já está tudo enfeitado desde o aniversário”.

Os amigos e familiares também serão companhia certa para a cirurgiã dentista Larissa Melo, 26, nos dias de jogos do Brasil. Ela e o esposo já se adiantaram e compraram acessórios que darão o brilho das torcidas pela seleção. A ideia é utilizar os itens durante os churrascos organizados para assistir aos jogos. “Já temos taças verde e amarelo, bandeirinhas e eu e o meu marido vamos usar uma camisa do Paysandu que tem as cores do Brasil”, adianta. “Eu estou super-animada com a Copa. Eu estou sentindo que vai ser dessa vez que vamos conquistar o hexa”.

(Cintia Magno/Diário do Oará)