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Programa de formação de professores está garantido, anuncia Jader

Quase 60% dos professores do ensino médio das escolas públicas estaduais e municipais do Pará não têm formação específica para as aulas que ministram. Algumas disciplinas, como física e matemática, por exemplo, apresentam situações mais graves em decorrên

Quase 60% dos professores do ensino médio das escolas públicas estaduais e municipais do Pará não têm formação específica para as aulas que ministram. Algumas disciplinas, como física e matemática, por exemplo, apresentam situações mais graves em decorrência da falta de formação.

Os dados fazem parte do Censo Escolar, que mostra que, nos últimos anos, esse quadro vem apresentando melhoras graças ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, conhecido como Parfor que no início do ano passou por forte ameaça de descontinuidade.

O Parfor será mantido graças a mobilização de professores universitários de todo o país. As ameaças de descontinuidade do programa atingiam, principalmente, a população mais vulnerável do país: educadores da região amazônica.

No início de março deste ano uma caravana de professores de universidades públicas do Pará, envolvidao com o Plano Nacional de Formação de Professores, desembarcou em Brasília para pedir o apoio de parlamentares para a continuidade da formação presencial, que atende os docentes da educação
básica da Amazônia.

Capitaneados pela coordenadora do Fórum Nacional dos Coordenadores do Parfor, a professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Josenilda Maués da Silva, os docentes conseguiram apoio do senador Jader Barbalho (MDB-PA), um entusiasta do Parfor desde sua criação, em 2009.

FORMAÇÃO

“É o único programa capaz de combater, de forma eficaz, a falta de formação superior completa em licenciatura dos professores das regiões mais vulneráveis do país. A formação presencial de professores ribeirinhos, indígenas e da zona rural, que, sabemos, somam pelo menos 50% dos educadores do Pará, tem sido fundamental”, lembrou.

No início de março, Jader Barbalho procurou o Ministério da Educação, enfatizando a importância do Parfor para a população paraense e de toda a região Norte. O governo federal havia anunciado um aporte de R$ 1 bilhão na Política Nacional de Formação de Professores para financiar 190 mil vagas em três programas diferentes. O pacote, no entanto, deixou de fora milhares de professores e educadores da região amazônica.

“O não lançamento de edital para o Parfor presencial decreta o fim do programa e o absoluto descaso com a demanda por formação dos professores da Amazônia, que não têm acesso à educação a distância”, denunciou a professora Josenilda Maués na época.

Em documento encaminhado por Jader, em caráter de urgência, ao Ministério da Educação, o senador ressaltou que exatamente a região que apresenta, “lamentavelmente”, os piores índices de aprendizado do país, os maiores índices de abandono escolar e a maior distorção idade-série da educação básica brasileira foi deixada de fora.

“Pela gravidade da situação educacional da Amazônia e das unidades federativas que a compõem, solicito, com a urgência necessária, que reveja essa decisão que afeta milhares de crianças e adolescentes cidadãos, incluindo os professores da região no programa de formação anunciado”, reforçou o parlamentar paraense.


O que é o parfor

- O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica investe na formação de professores em âmbito nacional.

- Foi criado com o objetivo de induzir e fomentar a oferta de educação superior, gratuita e de qualidade, para profissionais do magistério que estejam no exercício da docência na rede pública de educação básica. São ministradas aulas para turmas especiais, por instituições de educação superior (IES), em cursos de primeira licenciatura, segunda licenciatura ou formação pedagógica.

- O programa funciona em parceria com as universidades públicas, que enviam seus docentes até os municípios mais longínquos para ministrar as aulas, que ocorrem no período de recesso escolar.

- A proposta central do Plano Nacional de Formação de Professores é aumentar, substancialmente, a quantidade de vagas ofertadas nas diversas áreas das licenciaturas destinadas à formação de professores em exercício. A falta de formação adequada de professores é um dos grandes problemas que afligem a educação brasileira.

São 5.086 professores matriculados no Pará

A resposta ao apelo feito pelo senador Jader Barbalho chegou no dia 27 de março. No ofício assinado pelo diretor de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Carlos Lenuzza, o Ministério da Educação comunicou ao senador Jader que o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica será mantido até o final de 2022.

O programa apoia atualmente a formação inicial de 16.633 professores matriculados em 619 turmas. Do total de matriculados, 50,7% são da região Norte e 45,52% do Nordeste. No Pará estão matriculados 5.086 professores.

O diretor da Capes também antecipou ao senador Jader que, a partir de 2022, um novo programa estará concluído para atender exatamente à população alvo do Parfor. Trata-se do Programa de Formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica, que está sendo chamado de Profic.

(Luiza Mello/Diário do Pará)

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