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Saiba o que está por trás da execução de jovem em cova

A execução da jovem Paola Avaly Corrêa, de 19 anos, não levou mais do que 10 segundos. Tudo foi filmado e compartilhado pelo celular de um dos pelo menos quatro suspeitos de terem participado do crime de feminicídio. As informações são do R7. Além da fri

A execução da jovem Paola Avaly Corrêa, de 19 anos, não levou mais do que 10 segundos. Tudo foi filmado e compartilhado pelo celular de um dos pelo menos quatro suspeitos de terem participado do crime de feminicídio. As informações são do R7.

Além da frieza do autor dos disparos, a delgada Tatiana Barreira Bastos, da Delegacia da Mulher de Porto Alegre chama atenção para a vítima antes de morrer, que não esboça reações. Apenas se acomoda na cova e espera ser alvejada.

Segundo Tatiana, “provavelmente, ela sabia o que ia acontecer. Sabia que provocou a ira deles”.

Segundo familiares de Paola, ela mantinha um relacionamento com um homem preso na Cadeia Pública de Porto Alegre por tráfico de drogas e “mantinha visitas frequentes ao presídio como companheira do jovem”.

Ainda de acordo com a delegada que investiga o caso, a família informou que Paola saiu de casa em dezembro do ano passado para viver com a família do companheiro.

(Foto: reprodução)

Feminicídio

Uma mensagem nas redes sociais de Paola levou a polícia a definir o crime de feminicídio como a principal linha de investigação e pedir a prisão preventiva do ex-companheiro da jovem.

Na publicação, Paola se refere ao “ex” e faz referência ao grupo dos Leões, que seriam membros de uma facção criminosa que atua em Porto Alegre. A jovem diz ainda que teria sido agredida por ele e teria o traído.

Segundo a delegada, mesmo após a publicação, Paola teria ido mais uma vez o presídio para visita-lo. A polícia também recebeu a informação de que “ela acabou expondo a masculinidade e a virilidade dele em grupos e redes sociais”.

A polícia afirmou ainda, que recebeu várias denúncias de que o ex-companheiro seria o mandante da execução.

Como o ex-companheiro de Paola já está recluso em prisão preventiva por tráfico de drogas, a delegada afirmou que pediu mais uma prisão preventiva por feminicídio, sequestro e ocultação de cadáver, podendo a pena “chegar a 40 anos pelos qualificadores”.

A meta da polícia é identificar os quatro suspeitos de terem participado do crime.

Nas redes sociais, Paola publicou que estava solteira e que cursava a “faculdade do crime” e atendia pelo apelido de “vulgo Japa”.

A jovem também colecionava desafetos. Em outra publicação, a jovem mostrou uma briga entre ela e outra menina, envolvendo supostos companheiros.

A polícia revelou que fez um monitoramento nas redes sociais da jovem e encontrou fotos delas com armas e diversas ligações com o crime.

De acordo com a Polícia Civil, a jovem não tinha antecedentes no tráfico de drogas, mas tinha passagem por receptação.

Um áudio compartilhado na internet e que chegou às investigações da polícia, supostamente atribuído à jovem, fornece mais indícios de uma possível ligação com o crime.

“Para me pegar tem que ter no mínimo três passagens e se quiser namorar comigo tem que ter, pelo menos, um homicídio, um 33 de tráfico, tem que andar todo dia de Billy mesmo (bem vestido), tem que falar só na vinheta (gíria). Sem vim conversar comigo normal, não dá amiga.” Dias depois da execução, lia-se nas fotos das redes sociais de outra adolescente, principal desafeto de Paola: você é a próxima.”

(Com informações do R7)

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