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Comunidades de Barcarena denunciam descaso da Hydro

Representantes da Hydro-Alunorte foram ouvidos ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A CPI apura os incidentes envolvendo a empresa, após denúncias de transbordamento e vazamento de r

Representantes da Hydro-Alunorte foram ouvidos ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A CPI apura os incidentes envolvendo a empresa, após denúncias de transbordamento e vazamento de rejeitos, além da contaminação de igarapés e da Bacia Hidrográfica do Rio Pará, em Barcarena. Sobraram reclamações das comunidades sobre a contaminação da água e da falta de apoio da mineradora.

Arivaldo Morais, presidente da Comunidade Quilombola Burajuba, contou aos deputados que as comunidades afetadas estão vivendo um período de dificuldades. “Esperamos ainda que o Estado faça realmente seu papel, porque enquanto isso não acontece as pessoas estão perecendo em nossa comunidade”, denuncia. Existem 480 famílias vivendo somente em Burajuba.

Uma preocupação da comunidade é com relação à saúde das pessoas. “Muitos fizeram exames ou têm a solicitação médica, mas devido ter essa carência de médicos no município de Barcarena, boa parte estão com exames guardados. E aquelas pessoas que conseguem fazer o exame não têm condições de comprar o remédio”, lamentou.

A presidente da Associação dos Quilombolas Indigenas da Amazônia (Cainquiama), Angela Vieira, contou que não está satisfeita da forma como as coisas estão acontecendo. “Estamos no aguardo do Ministério Público Federal e Estadual. A situação está esfriando e o povo perecendo”, frisou.

A forma de subsistência dessa comunidade era basicamente de plantio. Mas, devido a esta suposta contaminação, os agricultores estão com receio de comercializar e de comer a própria produção. “As pessoas ficam com medo de comprar porque dizem que está contaminada. Quando dá, a gente compra, mas na maioria das vezes a gente cria uma galinha no quintal e sobrevive”,
comentou Arivaldo.

Mineradora nega crime ambiental

A sessão durou cerca de três horas e houve controvérsias em vários trechos do depoimento de diretores da empresa. A CPI tem 90 dias para apresentar o relatório final. O vice-presidente executivo da empresa, Anderson Baranov, continuou afirmando que não houve vazamento das bacias DRS 1 e DRS 2 da refinaria. Ele afirmou que ocorreram chuvas intensas que assolaram a região entre os dias 17 e 18 de fevereiro e que isso colaborou para que a área ficasse alagada. “A Hydro não possui evidências que o processo dela gerou qualquer dano ao meio ambiente. Eu acho que as autoridades e os órgãos envolvidos é que têm de chegar a uma conclusão”, afirmou.

A mineradora não assinou o Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) propostos pelos ministérios públicos Federal (MPF) e do Estado (MPE). Ele justificou dizendo que está entendendo e analisando como será cada etapa.
De acordo com Carlos Bordalo, membro da CPI, não tem mais dúvida de que houve vazamento de rejeitos para o meio ambiente. “Estamos verificando ainda há quanto tempo isso está ocorrendo em Barcarena”, pontuou.

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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