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Enquanto secretário se diz seguro, escola em Outeiro pede socorro

Na manhã de segunda-feira (14), dia em que a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio do Outeiro completou 65 anos, alunos e professores se reuniram em frente ao colégio, na rua Nossa Senhora da Conceição, bairro São João do Outeiro, em ato contra a

Na manhã de segunda-feira (14), dia em que a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio do Outeiro completou 65 anos, alunos e professores se reuniram em frente ao colégio, na rua Nossa Senhora da Conceição, bairro São João do Outeiro, em ato contra a falta de segurança. A escola é a mais antiga do distrito e tem quase 2 mil estudantes.

Em 6 meses, já ocorreram cerca de 20 assaltos na área. Segundo o professor Érito Oliveira, a ideia do ato foi ressaltar a importância da instituição para a comunidade e protestar contra a situação. “Antes, os criminosos pulavam o muro dos fundos na madrugada para roubar equipamentos. Agora, entram pela porta da frente em plena luz do dia”. O assalto mais recente ocorreu há 3 semanas, quando três homens entraram na escola, por volta das 14h, e roubaram pertences dos professores e de alunos.

O ato público ocorreu no mesmo dia em que o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes, reafirmou que se sente seguro no Estado, apesar da crise que o Pará vive na área. Só neste ano, 34 policiais foram alvos de ataques, sendo que 23 foram assassinados. Só nos primeiros 14 dias do mês de maio, mais de 70 homicídios foram registrados no Estado.

REUNIÕES

Érito afirma que algumas reuniões com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) foram realizadas, assim como com o Ministério Público do Estado, com o propósito de buscar soluções para os problemas enfrentados na escola. Uma delas seria a presença da Polícia Militar, uma vez por dia. Porém, até agora isso não ocorreu.

A professora Eliana Bittencourt diz que vive sobressaltada. “Aqui é palco de assaltos, invasões e do descaso do poder público”, diz. Quando ela recebeu a notícia do último assalto, entrou em pânico. “Pensei nos alunos e nos colegas que estavam aqui.”

Além disso a escola sofre com a precariedade da merenda escolar e recursos didáticos. A diretora da unidade, Ana Cristina Simões, reclama que, muitas vezes, os professores precisam fazer coletas para comprar material de limpeza, gás de cozinha, pincel, tinta para impressora e alimentos. “O pior de tudo é que somos marginalizados por falar a verdade. Mas até quando vamos viver assim?”, questiona. “Outeiro pede socorro”, dispara.

Mesmo com tantas dificuldades, a escola resiste. No último vestibular, aprovou 35 alunos em universidades públicas e privadas, graças ao empenho dos professores e alunos. “É imprescindível que o Governo enxergue que estamos abandonados. Tem gente com grande potencial aqui e que precisa de apoio”, comenta Anne Brasil, 17 anos, aluna.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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