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Professores da rede estadual iniciam greve com 75% de escolas fechadas

Professores da rede estadual de ensino do Pará iniciaram, na manhã desta quarta-feira (2), a greve da categoria. Os profissionais da educação estão na frente da sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no Entroncamento, na busca de uma resposta d

Professores da rede estadual de ensino do Pará iniciaram, na manhã desta quarta-feira (2), a greve da categoria. Os profissionais da educação estão na frente da sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no Entroncamento, na busca de uma resposta do governo do Estado.

De acordo com o professor Beto Andrade, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), o governo ainda não sinalizou para uma conversa entre as partes.

"De 70 a 75% das escolas já estão paradas na Região Metropolitana de Belém. O ato dos professores hoje busca abrir uma negociação com o governo, que não deu nenhuma resposta", disse.

Dentre as reivindicações da categoria estão a cobrança do Piso Nacional, que segundo os professores, não é pago há três anos (Divulgação/Sintepp)

A precariedade das escolas, a violência e o descumprimento do Pacto pela Educação também são as reclamações que levam os educadores a cruzarem os braços no Estado.

CARTA ABERTA

Em carta aberta, divulgada na última sexta-feira (27), o Sintepp elencou os problemas da educação pública no Pará.

LEIA:

O povo do Pará assiste estarrecido a explosão da violência em todos os cantos deste Estado. Só este ano já são mais de mil assassinatos, chegando a vinte o número de policiais mortos.

São números de guerra que mostram a incapacidade do Governo Jatene em responder às demandas básicas da população.

Essa mesma violência atinge as escolas, levando-as a serem um ambiente de medo e insegurança, quando deveriam ser ambientes de dignidade e construção da cidadania.

Mas não é só a violência de roubos, assaltos e drogas que as escolas estão submetidas. Outro tipo de violência tem afligido professores e alunos: o abandono e a omissão do governo com as escolas públicas paraenses.

A educação pública do Pará vem sendo sabotada por Jatene, que faz de tudo para “economizar” às custas de professores, deixando as escolas em condições precárias, sem carteiras e com o eterno problema falta da merenda escolar, que quando não falta é insuficiente.

Como se não bastasse tanto abandono, o governador não cumpre as leis educacionais, não pagando, por exemplo, o Piso Salarial dos professores, que é uma Lei Federal que vem sendo descumprida por Jatene desde 2016.

Entramos no terceiro ano consecutivo de CALOTE de Jatene, que também desobedece sentenças judiciais do Tribunal de Justiça, se negando a cumprir a lei.

O governador se nega também em cumprir um acordo judicial de 2013, e segue sem encaminhar para a Assembleia Legislativa o projeto de lei para valorizar os demais trabalhadores em educação (secretários, porteiros, merendeiras, vigias, etc.).

Perguntamos se o governador Jatene, que governa por recursos judiciais, já que está CASSADO por uso da máquina para se eleger, continuará zombando do povo, dos professores e do judiciário.

Todos sabem que não se combate a violência só com a polícia, nem com mais violência! Para resgatarmos nosso povo, que virou refém da violência e do medo, é preciso que se invista de verdade na educação e em políticas públicas para nossa juventude.

Para defender nossos direitos e o direito de nossos alunos a terem uma escola segura e de qualidade, os trabalhadores em educação decidiram ENTRAR EM GREVE a partir do dia 02 de Maio.

Sabemos dos transtornos que podem ser causados por este movimento, mas nem chegam perto dos transtornos causados por Jatene abandonando a educação pública.

Portanto, convocamos toda a sociedade paraense para defender esta causa, que deve ser de todos, especialmente os pais e alunos a somarem força na defesa das escolas!

OUTRO LADO

Em nota, a Seduc afirma que no final da manhã, os secretários adjuntos José Roberto Silva (Ensino) e Roberto Campos (Logística Escolar) receberam dirigentes do Sintepp na sede da Secretaria para tratar de reivindicações dos sindicalistas.

"Eles exigiram a presença da Secretária de Educação, que estava ausente da Secretaria, cumprindo agenda do gabinete do governador do Estado. Entretanto, os secretários adjuntos tomaram conhecimento das reivindicações", diz a nota que completa afirmando que no decorrer da manhã, a Seduc fez um levantamento parcial do funcionamento de escolas e constatou que a maioria estava funcionando normalmente.

PISO DO PROFESSOR

Ao contrário das reclamações dos profissionais da educação, sobre o piso escolar, a Seduc afirma que no Pará a remuneração de professor em início de carreira é maior que o piso nacional da categoria em que o magistério está fixado em R$ 2.455,35, mas no Pará o valor da remuneração do professor estadual é de R$ 3.772,69.

Ainda segundo a Seduc, esse é o valor do início da carreira. Com as vantagens pessoais, a remuneração média de um professor com 200 horas chega de R$ 4.834,94 - quase o dobro do piso nacional.

DESCONTOS

A Seduc afirma que tomará as medidas para descontar os dias parados dos profissionais da educação avisando que o cumprimento do calendário do ano letivo não pode depender de paralisações que há anos contribuem para prejudicar o aprendizado e o desempenho das escolas.

(DOL)

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