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Quando o assunto é a agricultura familiar, nós estamos em casa

Na década de 1970, o agricultor Henrique Osaqui olhou para uma pequena propriedade de 65 hectares, no município de Augusto Corrêa, no interior do Pará, e viu o futuro. Ele adquiriu o terreno para começar um projeto que cresceu e se concretizou: o da Fazen

Na década de 1970, o agricultor Henrique Osaqui olhou para uma pequena propriedade de 65 hectares, no município de Augusto Corrêa, no interior do Pará, e viu o futuro. Ele adquiriu o terreno para começar um projeto que cresceu e se concretizou: o da Fazenda Bacuri.

“O meu pai viu que o bacurizeiro nessa região rebrotava. Ele conhecia um pouco de madeira, e a madeira do bacuri era valiosa”, lembra Hortência Osaqui, 50 anos, que assumiu a gerência da fazenda em 2009. “Ele achou que poderia fazer um plano de reflorestamento dos bacurizeiros. Só que, com o passar dos tempos, a gente viu que a fruta era mais valorosa que a madeira.”

A partir daí, os negócios da Bacuri, como o nome já diz, se desenvolveram a partir do fruto, e não da madeira. Quatro décadas depois, o que existe é uma pequena agroindústria de frutas típicas do Pará. Passando pelo bacuri, e outros frutos como açaí, buriti, muruci, entre outros, que são transformados em dezenas de geleias, licores e polpas concentradas, e são comercializados com a empresa Produtos Osaqui. “A gente conseguiu trabalhar com várias atividades, e agora agrupando ainda o turismo rural e de conhecimento”, reitera Hortência.

Todos os produtos da Fazenda Bacuri também possuem a certificação de produtos orgânicos, concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ela diz que, assim, os funcionários da fazenda trabalham com a sustentabilidade, valorizando o que o ambiente tem. “Estamos olhando de dentro pra fora e não de fora para dentro”, afirma. Ela cita, por exemplo, o fato de aproveitar todos os elementos possíveis do cultivo. “Do buriti, posso aproveitar o fruto, as folhas, de onde a gente faz geleias, licores, caixeteria. Sementes a gente vende para empresas de biocosméticos”, garante.

E muitas conquistas da empresa/fazenda só foram possíveis graças à parceria do Banco da Amazônia, iniciada em 2016. Afinal, o banco acredita nas inovações, sustentabilidade e desenvolvimento garantidos com a agricultura familiar. “Fui ao banco, conversei com o gerente. A gente o convidou para vir aqui e ele veio. Na realidade, ele se encantou quando chegou aqui. Depois disso, abriu as portas do banco e acreditou no nosso projeto”, lembra a administradora. “Hoje, a Fazenda Bacuri e o Banco da Amazônia andam de mãos dadas nesse nosso processo de agricultura familiar”.

PRODUTORES ENCONTRAM NO BANCO DA AMAZÔNIA O INCENTIVO NECESSÁRIO

O Banco da Amazônia é o principal agente de fomento da região, responsável por uma parcela significativa de ações voltadas à geração de emprego e renda, fixação do homem no campo, inclusão social e ambiental, proporcionando aos agricultores uma cesta de produtos diversificados, por meio do Programa Nacional para o Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O Banco atua como indutor do desenvolvimento regional, gerando oportunidades de negócios sustentáveis para a Amazônia, somando esforços para a agricultura familiar, elegendo prioridades nas políticas de Crédito Rural do Governo Federal junto a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SAF), promovendo a interlocução com os diversos atores (órgãos Oficiais de Assistência Técnica e Extensão Rural, Ministérios e Sociedade Civil Organizada), como forma de criar estratégias capazes de melhorar a realidade dos produtores. Os agricultores familiares da Região Amazônica podem acessar os recursos do Plano Safra 2017/2018 por meio do Banco que disponibiliza R$ 350 milhões para projetos agropecuários alinhados ao Pronaf até 30 de junho de 2018.

NOSSA MISSÃO É GARANTIR ALIMENTO NA MESA DE TODOS OS PARAENSES

A fazenda Bacuri é só uma amostra de como a agricultura familiar é importante para o Pará e o País inteiro. Para se ter uma ideia, mais de 70% de todos os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são obtidos pela agricultura familiar, que é uma forma de organização social, cultural, econômica e ambiental, na qual são trabalhadas atividades agropecuárias e não agropecuárias de base familiar, desenvolvidas em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas, com predominância de mão de obra familiar.

A agricultura familiar apresenta importante função para garantir a segurança alimentar, preservando os alimentos tradicionais, para a proteção da agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais. Um dos maiores motores de incentivo a esse setor é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária.

O programa, gerenciado pelo Banco da Amazônia, possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, além das menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do País e na região Norte.

POLÍTICA

O Pronaf destina-se ao apoio financeiro das atividades agropecuárias e não-agropecuárias do produtor rural e de sua família. Com uma política de atuação voltada para o pequeno produtor, o banco valoriza o associativismo e o apoio às populações tradicionais da região como ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, pescadores artesanais e indígenas, entre outros povos da floresta.

Entre 2013 e 2017, o Banco da Amazônia aplicou em torno de R$ 3,15 bilhões na Amazônia com recursos do Pronaf. No ano de 2017, foram contratadas 10.236 operações, totalizando R$ 348,72 milhões. No Estado do Pará, foram contratadas 5.313 operações no ano de 2017, totalizando R$ 132,98 milhões. Somente no Plano Safra 2016/2017, foram contratados 11.263 operações, que totalizaram R$ 345,14 milhões em recursos. Do total dessa safra, R$ 135,13 milhões foram investidos no Pará, em 6.172 contratos.

INCLUSÃO SOCIAL E ECONÔMICA NO CAMPO

Para enquadrar o agricultor familiar como beneficiário do Pronaf, ele deve possuir até quatro módulos fiscais de terra conforme definição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no mínimo 50% da renda deve ser oriunda das atividades agropecuárias e não agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural, ter uma renda bruta anual de até R$ 360 mil, e ter o trabalho familiar predominante na exploração estabelecimento, podendo manter empregados permanentes em número menor ou igual ao número de pessoas correspondente à mesma quantidade de pessoas que há na família do financiado.

De acordo com o gerente executivo de Pessoa Física, Misael Moreno, a agricultura familiar tem o papel de promover a inclusão econômica e social do homem do campo, contribuir para o desenvolvimento sustentável local e incentivar a produção de alimentos de forma saudável e segura. “A cada safra, o Governo Federal disponibiliza recursos em proporções cada vez maiores, possibilitando ao agricultor familiar condições de investir em infraestrutura de suas propriedades, ampliar, diversificar, comercializar e potencializar a produção de alimentos, gerar emprego, renda e, além de movimentar a economia local e estimular a fixação do homem no campo”, explicou.

(Diário do Pará)

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