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Quase dois milhões de moradias no Pará não têm saneamento

No Pará, 1,8 milhão de domicílios (77%) lançam seus dejetos sanitários em fossas que não têm ligação com a rede geral pública de esgoto e 287 mil domicílios (12%) têm seus dejetos lançados na rede de esgoto da Administração Pública. A média de residências

No Pará, 1,8 milhão de domicílios (77%) lançam seus dejetos sanitários em fossas que não têm ligação com a rede geral pública de esgoto e 287 mil domicílios (12%) têm seus dejetos lançados na rede de esgoto da Administração Pública. A média de residências paraenses com destinação de dejetos adequada está abaixo da nacional, que é de 66% do total de lares com acesso ao esgotamento sanitário através da rede pública.

Esses números alarmantes estão na pesquisa domiciliar feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2017 e divulgada ontem. O levantamento também mostra que 1,6 milhão de domicílios (67% do total) recebem serviço público de coleta de lixo diariamente, média abaixo da brasileira, na qual 83% do total de domicílios recebem esse serviço diariamente.

ENTULHOS

Esse descaso pode ser visto no Tucunduba. A realidade poderia ser outra, caso o poder público finalizasse as obras de macrodrenagem no local. E é para protestar contra o atraso nas obras que moradores farão uma manifestação neste domingo (29). A concentração começa às 8h, na Feira do Tucunduba, na rua São Domingos, no bairro da Terra Firme, em Belém.

Em fevereiro de 2014, o Governo do Estado realizou uma reunião com a população local, para prometer que as obras seriam retomadas dali em diante sob responsabilidade da esfera estadual, em parceria com a Prefeitura de Belém. A obra foi retomada apenas em 2016, com previsão de ser entregue ano passado. Dois anos depois, no entanto, tudo continua parado no trecho da rua São Domingos até a rua dos Mundurucus, que representa a segunda fase da obra, orçada em R$ 34.282.306,34.

ABANDONO

No local, a população reclama que não é ouvida e que os detalhes do projeto não são apresentados de forma clara. “O que é mais preocupante é a situação de mais de 200 mil famílias atingidas por todas as consequências negativas da falta da obra”, lamenta a coordenadora do Movimento dos Prejudicados pelo Tucunduba (MPT), Fátima Santana. As intervenções anunciadas pela gestão estadual incluiriam a construção de pontes e o saneamento da área do entorno. No entanto, apenas uma parte do canal passou por retificação. Os investimentos anunciados naquele período estavam na faixa de R$ 130 milhões.

Caso tivessem sido concluídos, conforme prometido pela gestão de Simão Jatene, os serviços da obra solucionariam os problemas de alagamentos nos canais Leal Martins, Vileta e Timbó, que estão sempre cheios e sem capacidade de dar vazão à água da chuva.

Naquele período, também foi anunciada a construção de cinco passarelas em estrutura metálica nos seguintes pontos: rua Napoleão Laureano; passagem Santa Helena; passagem Vilhena; rua 2 de Junho e passagem Maranhão. Porém, a situação da obra é de total abandono.

O que diz o estado - Contradição

- A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas informou, em nota, que a obra não está parada e que equipes executando o cronograma do projeto em dois pontos.

- No entanto, enquanto a reportagem do DIÁRIO esteve na área, havia apenas uma máquina retroescavadeira parada.

Moradores da área sofrem com tanto tempo de espera

As ocupações desordenadas também refletem a falta de compromisso da gestão pública, segundo a professora Rosineide Miranda, 45. Após receber o auxílio aluguel para sair da área conhecida por Curtume, ela diz que outras pessoas já ocupam a área. “As 226 famílias foram retiradas com a promessa de que viveriam nos residenciais que estavam sendo construídos naquela época, só que já são dez anos e ainda tem gente esperando pela conclusão do Liberdade III”, revela.

Rosineide explica que na área do Curtume deveria ter sido construído um residencial para garantir moradia digna para a população. “O que a gente vê no Curtume agora são outros ocupantes na área.”

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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