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Secult muda cartaz de Feira do Livro após acusação de racismo e machismo

A 22ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro, cuja programação principal vai de 26 de maio a 6 de junho, se tornou alvo de críticas e protestos pela programação e por causa do cartaz de um dos braços do evento literário. As críticas ao evento, com circui

A 22ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro, cuja programação principal vai de 26 de maio a 6 de junho, se tornou alvo de críticas e protestos pela programação e por causa do cartaz de um dos braços do evento literário.

As críticas ao evento, com circuito que começa nesta sexta-feira (27), em Marabá, acusam a feira de não dar voz a mulheres ou negros. "Não há nem sequer uma mulher negra, amazônica, participando da mesa principal", diz o escritor Evanilton Gonçalves.

Outra questão surgiu sobre o cartaz da seção do evento que acontece na cidade de Marabá, sudeste do Pará. Isso porque a peça divulgada reproduzia a imagem de uma mulher negra equilibrando livros sobre a cabeça.

A imagem fez com que algumas pessoas acusassem a organização do evento de reproduzir o racismo e o machismo.

Na sexta-feira (20), a Secretaria da Cultura do Pará se pronunciou em uma nota oficial divulgada no Facebook e informou que trocaria o cartaz do evento após a reação negativa nas redes sociais.

Cartaz que foi alvo de críticas. (Foto: Divulgação)

A pasta disse que a figura retratada no cartaz alude às "palenqueras", mulheres que, na Colômbia, país homenageado no evento, carregam frutas em um cesto na cabeça.

"Trata-se de uma feira frutífera", diz Paulo Chaves, secretário de Cultura do Pará. "Achei a metáfora interessante, e a minha equipe idem", completou.

Chaves diz achar que houve uma mal compreensão por parte das pessoas. "É um preconceito inverso", afirma. "As pessoas descontextualizaram o elemento do cartaz".

Para Evanilton Gonçalves , o problema do cartaz foi de reforçar o racismo institucional. "Os corpos negros são vistos como desprovidos de intelectualidade e disponíveis, apenas, para o trabalho braçal ou a representação 'folclórica'."

Ainda segundo o escritor, foi só após as críticas ao cartaz que a secretaria passou a usar postagens destacando de fato mulheres no evento.

Secult se manifesta após polêmica

A feira agora está com um cartaz novo, o qual destaca uma obra do artista plástico colombiano Fernando Botero.

Novo cartaz da 22ª edição da Feira Pan-Amazônica. (Foto: Divulgação)

Além da obra de Botero, o cartaz traz uma citação que, por sua vez, reproduz uma frase do escritor Gabriel García Márquez: "Para entender outra cultura, 'tudo é questão de despertar sua alma'".

(Folhapress)

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