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Morte de liderança que denunciava a Hydro é mistério

Quase dois meses passaram e a polícia do Pará ainda permanece em “diligências” para esclarecer o assassinato do líder comunitário Paulo Sérgio Almeida Nascimento, 47 anos, morto com quatro tiros dia 12 de março passado do lado de fora da sua casa na Comun

Quase dois meses passaram e a polícia do Pará ainda permanece em “diligências” para esclarecer o assassinato do líder comunitário Paulo Sérgio Almeida Nascimento, 47 anos, morto com quatro tiros dia 12 de março passado do lado de fora da sua casa na Comunidade Jesus de Nazaré, bairro da Fazendinha, em Barcarena. O inquérito corre em sigilo e nenhuma informação pode ser divulgada. A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social esclareceu ontem através de nota que “há uma investigação em curso sendo realizada pela Divisão de Homicídios (DH), tendo o como coordenador das investigações o delegado André Costa”. O inquérito teria 30 dias de duração, mas provavelmente foi prorrogado pelo delegado, já que ainda não se chegou a autoria do crime.

A Segup informou ainda que as perícias foram requisitadas e ainda são aguardados os laudos, e diversos depoimentos já foram coletados “no entanto ainda faltam outras oitivas a serem realizadas no decorrer do inquérito, que segue em sigilo para que não haja obstrução às investigações, que prosseguem até que sejam esclarecidas a autoria e a motivação do crime”.

INQUÉRITO SIGILOSO

Laércio Abreu, promotor de Barcarena designado para acompanhar o caso, informou nesta semana que o inquérito é sigiloso e que não pode dar maiores detalhes da apuração. “Já tomamos alguns depoimentos mas ainda não se tem indício algum sobre a autoria do homicídio. Teremos reunião de trabalho essa semana para fazer um balanço da investigação e fazer planos de ação. Estamos acompanhando todo o trabalho”.

Na época do crime a Polícia iniciou as investigações com duas linhas: a primeira envolveria supostos conflitos motivados por invasão de terras na região e, a segunda, ameaças de morte que lideranças da Associação dos Caboclos, indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama) vinham recebendo e que foram denunciadas à Segup.

Testemunha acusa PMs de darem cobertura

Desde de 2017 Paulo denunciava irregularidades da Hydro Alunorte à prefeitura do município, sobretudo no que diz respeito à autorização para construção das bacias de rejeito. A principal testemunha do crime que estava dormindo dentro da casa da vítima no momento da execução teria dito à polícia que policiais militares teriam dado cobertura à execução de Paulo Sérgio morto com quatro tiros na madrugada da última segunda numa área de invasão em Barcarena. O homem, que era amigo, morava com Paulo Sérgio e dormia dentro da casa da vítima na hora da execução, procurou Ismael Moraes, advogado da associação, afirmando teria ouvido relatos de vizinhos de que um carro da corporação, à distância, teria dado “apoio” ao veículo que conduzia os assassinos. O amigo da vítima também revelou ao advogado que, após o ocorrido, policiais militares o procuraram para induzí-lo a incriminar Bosco Oliveira, outra liderança da associação como o autor dos disparos.

(Luiz Flavio/Diário do Pará)

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