Rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba não entram em acordo e permanecem em greve

Terminou sem acordo as reuniões entre o sindicato dos rodoviários de Ananindeua e Marituba e o sindicato patronal e entre o sindicato de Belém com a respectiva patronal. As negociações foram realizadas na tarde desta quinta-feira (19), no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Com isso, as categorias permanecerão em greve.

A principal exigência do sindicato dos rodoviários de Ananindeua e Marituba, a instalação de ponto biométrico, não foi aceita pelos empresários.

Sem acordo entre as partes, o caso deve ir para julgamento em sessão especializada na Justiça do Trabalho. Ainda não há data para o julgamento.

Já a reunião entre o sindicato dos rodoviários de Belém e a patronal terminou por volta das 18h, também sem acordo.

Posicionamento da patronal de Belém

Por meio de nota, a Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setransbel) informou que "uma das principais reivindicações dos rodoviários, quando decidiram deflagrar a greve, é a jornada de trabalho antiga, que é ilegal e foi reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região em 2017, em sentença normativa, ou seja, por força de lei".

Segundo a Setransbel, "essa jornada antiga era alvo de muitas ações trabalhistas por parte dos próprios trabalhadores quando saíam do sistema.
Na última reunião, o Setransbel garantiu as perdas salariais dos rodoviários, oferecendo a reposição do índice inflacionário dos últimos 12 meses (INPC) para salário, ticket e clínica".

"O Sindicato ratifica que solicitou o deferimento de uma medida cautelar para que a frota fosse mantida em circulação em caso de paralisação. Por dia, mais de 1 milhão de pessoas são atingidas diretamente por conta da greve. Informamos também que os rodoviários estão impedindo outros motoristas, que não são a favor da greve, de saírem com os ônibus da garagem", conclui o Setransbel em nota.

(DOL com informações de Tâmella Almeida/RBATV)