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Zenaldo atrasa abertura de duas UPAs

Inaugurada no dia do aniversário de Belém, em 12 janeiro deste ano, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Terra Firme, na avenida Perimetral, permanece de portas fechadas. Já no bairro do Jurunas, na travessa Bom Jardim, a construção de uma o

Inaugurada no dia do aniversário de Belém, em 12 janeiro deste ano, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Terra Firme, na avenida Perimetral, permanece de portas fechadas. Já no bairro do Jurunas, na travessa Bom Jardim, a construção de uma outra UPA caminha a passos lentos e se arrasta há cerca de quatro anos. Enquanto isso, do lado de fora, a população segue padecendo em busca de atendimento médico, seja nas unidades municipais de saúde mais próximas ou nos prontos-socorros superlotados da capital.

Após receber denúncias, para constatar os problemas e ouvir a população que mora nos arredores das unidades, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), presidida pelo deputado estadual e médico cardiologista Jaques Neves (PSC), visitou as duas unidades, ontem de manhã. Também participaram da diligência o deputado estadual e médico Vaderlan Quaresma (MDB) e o deputado Soldado Tércio (Prós).

TERRA FIRME

Na UPA da Terra Firme havia somente vigilantes e, do lado de dentro, funcionários da limpeza. Apesar das tentativas, os deputados não conseguiram obter permissão para acessar o interior do prédio que, aparentemente, está pronto, mas ainda não serve à comunidade. Vizinha da UPA, a autônoma Vânia Silva, 46, lembrou que a comunidade esperava ansiosa pelo funcionamento. “Passou na televisão que seriam 50 dias para esterilizar. Depois uma secretária disse que uma semana era o suficiente. Faltavam isso e médicos. Aparelho tem porque eu vi chegar. É necessidade essa UPA aqui, principalmente por causa da situação do pronto socorro (do Guamá). A gente chega lá e os funcionários dizem que está contaminado. A gente chega morrendo de dor e eles dizem ‘não abra a boca para não se contaminar’”, lamenta.

Quando precisa de médico e um atendimento de urgência, Vânia recorre ao Pronto-Socorro Humberto Maradei, no bairro do Guamá, mas enfrenta muitas dificuldades. “Tenho de pagar táxi. Eu sou hipertensa, é arriscado chegar lá e sair com uma doença contagiosa. E a culpa disso tudo é dos nossos governantes. A culpa é do governador e do prefeito. Belém toda está uma porcaria. Se a gente olhar, é um monte de obra mal acabada. No dia da inauguração, teve balão, reportagem. O pobre está fumado. A gente vai no PSM e o forro está exposto, deve ter rato e tudo ali”, critica.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que vai remanejar a equipe do PSM do Guamá para a UPA da Terra Firme, com a intenção de deixar o hospital do Guamá pronto para o início de uma reforma, que também terá ampliação e mudança de média para alta complexidade. A Sesma não deu prazo para o início das obras.

ORÇAMENTO DOBROU E A OBRA NÃO ACABOU

Ao visitar a UPA do Jurunas, a comissão constatou que o novo prazo de entrega da unidade deve se estender mais uma vez. A previsão era para julho deste ano, mas a construção segue em um ritmo lento. Há apenas paredes em reboco levantadas e telhado. Não há forro, portas, parte elétrica e acabamento. Em outras ocasiões, o DIÁRIO chegou a denunciar tanto o caso da UPA da Terra Firme, quanto o da UPA do Jurunas.

Conforme explicou o responsável pela obra da empresa contratada para construir a UPA do Jurunas, o engenheiro João Rodrigues, o atraso nas obras se deu em virtude da “alteração do projeto e, também, por atraso do repasse de pagamento pela Prefeitura à empresa”. Ainda segundo o engenheiro, além do prazo de entrega ter sido estendido, o valor orçado para obra também teria sido dobrado. Inicialmente, o custo seria de R$ 3,6 milhões. Porém, ele diz que o projeto foi ampliado e agora está orçado em R$ 6,1 milhões.

Prazo de entrega da UPA do Jurunas era para julho deste ano. (Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará)

“Hoje, a gente não consegue fazer a obra com o preço de quatro anos atrás. O problema é financeiro da prefeitura, atraso de pagamento”.

Vizinha da UPA do Jurunas, a pedagoga Tânia Monteiro, 38, disse que os moradores da área já denunciaram o caso diversas vezes. “Se essa UPA estivesse funcionando, ajudaria muito. A gente se desloca para os prontos-socorros, nas unidades de saúde demora meses para a gente conseguir consulta”, avalia.

A Sesma informou, em nota, que as obras da UPA do Jurunas estão em ritmo reduzido e que em alguns momentos os prazos de entrega precisaram ser modificados por questões orçamentárias.

DEPUTADOS SÃO IMPEDIDOS DE ACESSAR AS ÁREAS INTERNAS DAS UNIDADES

O deputado estadual Vanderlan Quaresma explicou que o objetivo é cobrar a realização das obras e o funcionamento das unidades para atender e dar qualidade de vida à população. “É um absurdo. Não deixaram a gente entrar na UPA da Terra Firme. Estamos aqui para cumprir o nosso papel como fiscalizador de obras públicas. Aqui no Jurunas, pelo o que observamos, a obra não vai sair em julho de 2018. Vão ter de fazer outra placa, o que é mais absurdo ainda. Vamos ainda a Icoaraci, Capanema e Castanhal para finalizar nosso documento”, disparou.

Na avaliação do deputado Jaques Neves, como médico, ele acredita que a UPA do Jurunas terá pela frente mais um ano e meio de prazo para ficar totalmente pronta e equipada para ser aberta ao atendimento. “Sofrimento e doença não esperam e os prazos estão sendo dilatados para serem entregues à população. Saindo daqui, vamos avaliar o que já teve de liberação de recursos federais e estaduais para essa obra. Vamos apurar e encaminhar aos órgãos competentes que precisam promover as mudanças e aos órgãos fiscalizadores”, frisa.

O parlamentar acrescentou ainda que o relatório será assinado pelos 14 deputados, sendo sete titulares e sete suplentes que compõem a Comissão de Saúde da Alepa.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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