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Mais cinco mortos em rebelião no Pará

Os cinco detentos alvejados pela polícia durante uma fuga do Centro Regional de Recuperação de Bragança (CRRB), após rebelião na manhã desta segunda-feira (16), não resistiram aos ferimentos e morreram. Três detentos conseguiram fugir e são procurados

Os cinco detentos alvejados pela polícia durante uma fuga do Centro Regional de Recuperação de Bragança (CRRB), após rebelião na manhã desta segunda-feira (16), não resistiram aos ferimentos e morreram. Três detentos conseguiram fugir e são procurados pela Polícia Militar.

A rebelião começou às 06h15 de hoje. Segundo o tenente Alexandre, comandante do Grupo Tático Operacional (GTO), ele foi acionado por agentes do Centro Regional de Recuperação que informaram sobre o levante. O presídio fica localizado na vila do Acarajó, zona rural de Bragança.

Uma guarnição do Grupo Tático se deslocou até o local e fez a primeira contenção, juntamente com os policiais que tiram serviço no Centro de Recuperação. Com a chegada de mais apoio, inclusive de policiais do município de Capanema, a rebelião foi contornada por volta das 10h30. A negociação teve participação da juíza Daniela Modesto, titular da vara criminal da comarca de Bragança.

Durante o levante dos presos, oito detentos fugiram para a mata do entorno do Centro de Recuperação. Segundo o tenente Alexandre, houve confronto entre os policiais e os fugitivos. Cinco detentos foram baleados.

Os fugitivos foram encaminhados para unidade de saúde, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.

O diretor do Instituto Médico Legal de Bragança, Cláudio Carvalho, informou que os cinco corpos sem identificação, resgatados pela equipe da instituição, foram encaminhados para o IML de Castanhal, para necropsia.

Superlotação

O motivo da rebelião foi a superlotação no Centro de Recuperação de Bragança: com capacidade para 122 detentos, o número de internos é de 315 detentos, ou seja, mais que o dobro.

Alguns familiares dos detentos se reuniram em frente ao Centro de Recuperação, em busca de notícias sobre os parentes. Outro grupo de familiares chegou a realizar um protesto em frente ao Fórum da Comarca de Bragança, no centro da cidade.

Segundo a juíza Daniela Modesta, haverá transferência de detentos da unidade.

Posicionamento

O DOL solicitou os nomes dos detentos mortos durante a rebelião.

Por meio de nota, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) informou que os "possíveis presos não foram mortos durante a rebelião e sim na perseguição policial, após a fuga" e que aguarda a identificação dos corpos pelo IML para confirmar se todos os mortos são de fato internos do Centro de Recuperação.

Há 6 dias, 21 detentos morreram em tentativa de fuga

Essa é a segunda tentativa de fuga de detentos, em menos de uma semana, que termina com grande quantidade de mortos.

No último dia 10 de março, uma tentativa de fuga de presos no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), no Complexo de Santa Izabel, Região Metropolitana de Belém, acabou com 22 mortos (sendo 21 detentos e um agente penitenciário).

Na ocasião, foram utilizados explosivos contra um dos muros do solário do Pavilhão C, e o combate entre policiais e detentos durou mais de duas horas no local. A rodovia BR-316 ficou intrafegável devido aos disparos.

Sete armas - sendo dois fuzis, três pistolas e dois revólveres, além de um cartucho com munições - foram apreendidas com o bando que tentou invadir a casa penal. A Segup afirmou que irá investigar a entrada de armas na unidade, além das circunstâncias das trocas de tiros durante a tentativa de resgate de presos.

Susipe mentiu sobre versão de resgate de presos

A identificação de 21 dos mortos na tentativa de fuga colocou em xeque a versão divulgada pelo Governo do Estado desde o ocorrido. O suposto grupo externo que havia dado apoio a ação foi identificado como de presos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI), pertencente ao mesmo complexo penitenciário, levantando suspeita sobre ação ter sido apenas interna.

Uma reportagem publicada no site da Folha de S. Paulo na última quinta-feira (11), mostra que os integrantes do suposto grupo invasor eram detentos da colônia penal, que trabalha com o regime semi-aberto, e que teriam morrido dentro do próprio espaço, e não em uma ação externa para tentar resgatar presos do CRPP III.

A reportagem conta ainda com depoimentos de mães de presos e da advogada Ivanilda Pontes, do conselho estadual penitenciário, afirmando que presentes na ação contestaram a versão, afirmando que não haviam participado do ataque ao presídio e que os próprios internos explodiram o muro do local.

O vídeo abaixo mostra o momento em que um detento, que estava no telhado da unidade prisional, é atingido por policiais:

(DOL com informações de José Clemente Schwartz/Diário do Pará)

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